sábado, 16 de agosto de 2008

A "cultura Google" desestimula a leitura e o cérebro?

"Já não penso da mesma forma que costumava pensar. Percebo isso com maior nitidez quando estou lendo. Mergulhar num livro ou num artigo de fôlego era fácil. Minha mente era conduzida pela narrativa ou pelos contornos do argumento, e eu ficava horas passeando por longas extensões de prosa. Isso raramente ocorre agora. Hoje minha concentração quase sempre começa a se perder depois de duas ou três páginas. Fico inquieto, perco o fio da meada, começo a procurar outra coisa para fazer. Sinto-me como se sempre tivesse que arrastar meu cérebro rebelde de volta ao texto. A leitura profunda que costumava me vir naturalmente tornou-se uma luta.
Acho que sei o que se passa. Por mais de uma década, tenho ficado muito tempo online, pesquisando, surfando e às vezes contribuindo para o crescimento dos grandes arquivos da internet.
À primeira vista pode não parecer, mas vai muito além do tolo alarmismo anti-web o artigo – "de fôlego" – publicado por Nicholas Carr na revista "Atlantic Monthly" (em inglês, acesso gratuito), com o título O Google está nos deixando burros?. O autor especula sobre como a rede mundial de computadores, ao mudar nossa relação com a leitura, estaria reprogramando nossos cérebros.
O título chamativo não faz justiça ao texto. Embora seja um conhecido adversário dos utopistas tecnológicos, Carr não é um reacionário. Lembra que seria fácil repetir hoje o erro de Platão, que, ao prever que a escrita enfraqueceria nossa memória e multiplicaria o conhecimento às custas da verdadeira sabedoria, tinha sua dose de razão, mas sofria de visão curta: a longo prazo, os benefícios da técnica tornaram seu argumento ridículo. Um cara preocupado, isso Carr é mesmo. Mas quem vai dizer que lhe faltam motivos?"

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um excelente dia...


No filme "Perfume de Mulher" há uma cena inesquecível na qual o cego (interpretado por
Al Pacino) convida uma jovem para dançar e ela responde: "Não posso, o meu noivo deve estar chegando".
Ao que o cego responde: “Em um momento, vive-se uma vida", e a leva para dançar um tango. Esta cena que dura apenas dois ou três minutos, é o melhor momento do filme.
Muitos vivem correndo atrás do tempo, mas só o alcançam quando morrem, quer seja de enfarte ou num acidente automobilístico por correrem para chegar a tempo. Ou outros que, tão ansiosos para viverem o futuro, esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que realmente existe. O tempo é o mesmo para todos, ninguém tem nem mais nem menos de 24 horas por dia.
A diferença está no que cada um faz do seu tempo. Temos de saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, “A vida é aquilo que acontece enquanto planejamos o futuro".
Parabéns por ter conseguido ler esta mensagem até ao fim. Certamente haverá muitos que leram só metade, para "não perder tempo" tão valioso neste mundo globalizado.
Um excelente dia para você, hoje.

Objetos inúteis

O princípio do vazio


Tens o hábito de juntar objetos inúteis neste momento, crendo que um dia (não sabes quando) poderás precisar deles.

Tens o hábito de juntar dinheiro só para não o gastar, pois pensas que no futuro poderá fazer falta.

Tens o hábito de guardar roupa, brinquedos, sapatos, movéis, utensílios domésticos e outras coisas que já não usas há bastante tempo.

Tens o hábito de guardar o que sentes, broncas, ressentimentos, tristezas, medos, pessoas, etc.
E dentro de ti ?
Não faças isso!
É anti-prosperidade.
É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem à tua vida.
É preciso eliminar o que é inútil em ti e na tua vida, para que a prosperidade venha.
É a força desse vazio que absorberá e atrairá tudo o que tu desejas.

Enquanto estiveres material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço aberto para novas oportunidades.
Os bens precisam de circular.
Limpa as gavetas, os armários, o teu quarto, a garagem.
Dá o que tu já não usas.
A atitude de guardar um montão de coisas inúteis amarra a tua vida.

Não são os objetos guardados que param a tua vida, mas o significado da atitude de guardar.
Quando se guarda, considera-se a possibilidade de falta, de carência. É acreditar que amanhã poderá faltar e tu não terás meios de prover às tuas necessidades.

Com essa postura, tu estás a enviar duas mensagens para o teu cérebro e para a tua vida:
1º... tu não confias no amanhã
2º... tu crês que o novo e o melhor não são para ti, já que te alegras com guardar coisas velhas e inúteis.
Joseph Newton

Mala Men


O assunto da aula era medo.
A professora começa a perguntar.
- Pedrinho, do que você tem mais medo?
- Da mula-sem-cabeça, fessora.
- Mas, Pedrinho, a mula-sem-cabeça não existe. É apenas uma lenda... Você não precisa ter medo.
- Mariazinha, do que você tem mais medo?
- Do saci-pererê, fessora.
- Mariazinha o saci-pererê também não existe. É somente outra lenda... Você não precisa ter medo.
- E você, Joãozinho? Do que tem mais medo?
- Do Mala Men, fessora.
- Mala Men? Nunca ouvi falar... Quem é esse tal de Mala Men?
- Quem é eu também não sei, 'fessora'. Mas toda noite minha mãe diz na oração: 'Não nos deixais cair em tentação, mas livrai-nos do Mala Men...