
"Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre palhaço que por uma hora se espavona e se agita no palco, sem que depois seja ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e muito barulho, que nada significa." Shakespeare
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"Sê verdadeiro para com teu próprio eu interior, e disto decorrerá - como a noite decorre do dia - que não terás capacidade para ser falso com qualquer um de teus semelhantes."
"Choramos ao nascer por que viemos a este imenso cenário de dementes."
Shakespeare
"(...) embora se trate de um só homem, deve mais pesar sua opinião do que a de todo um público composto dos 'outros'." Hamlet (ato III - c. II)
W. Shakespeare
(Shakespeare)
"O que é amor? Não é o futuro
A alegria presente tem riso presente
O que está por vir é ainda incerto."
(Shakespeare)
"Cada um de nós deve a Deus uma morte."
(Shakespeare)
"Somos feitos da mesma matéria dos sonhos e nossa curta existência é rodeada de sono."
(Shakespeare)
A Comédia dos Erros (1592-1593)
* "A mancha do adultério em mim se
alastra. Trago no sangue o crime da
luxúria, pois se ambos somos um, e
prevaricas, na carne trago todo o teu
veneno, por teu contágio me tornando
impura".
- Ato II - Cena II: Adriana
* "As queixas venenosas de uma
esposa ciumenta são de efeito mais
nocivo do que dentada de cachorro
louco".
- Ato V - Cena I: Abadessa
* "Sem ser provada, a paciência dura".
- Ato II - Cena I: Adriana
* "As mais belas jóias, sem defeito,
com o uso o encanto perdem".
- Ato II - Cena I: Adriana
Macbeth (1605-1606)
* "Tens medo de nos atos (...)
mostrar-te igual ao que és nos teus
anelos?"
- Ato I - Cena VII: Lady Macbeth
O Rei Lear (1605-1606)
* "A cólera também tem privilégios".
- Ato II - Cena II: Kent
Péricles (1608-1609)
* "É lícito aspirar ao que não se pode
alcançar".
- Ato II- Cena I: Primeiro pescador
Antônio e Cleópatra (1606-1607)
* "Pobre é o amor que pode ser
contado".
* "Entre dois beijos abrimos mão de
reinos e províncias".
- Ato III - Cena VIII: Escaro
Noite de Reis (1599-1600)
* "Os amigos me adulam e me fazem de
asno, mas meus inimigos me dizem
abertamente que o sou, de forma que
com os inimigos (...) aprendo a me
conhecer e com os amigos me sinto
prejudicado".
A Tragédia do Rei Ricardo II (1595-1596)
* "Nada me deixa tão feliz quanto ter
um coração que não se esquece de seus
amigos".
Trabalhos de Amor Perdidos (1594-1595)
* "Chorar velhos amigos que
perdemos não é tão proveitoso e
saudável como nos alegrarmos pelas
novas aquisições de amigos".
Henrique VI (1590-1591)
* "As águas correm mansamente onde
o leito é mais profundo".
- Ato III - Cena I: Suffolk
As Alegres Comadres de Windsor
(1600-1601)
* "Devemos aceitar o que é impossível
deixar de acontecer".
- "Ato V - Cena V: Page
Conto do Inverno (1610-1611)
* "Se os maridos das esposas infiéis
desesperassem, enforcar-se-ia a décima
parte da humanidade".
Coriolano (1607-1608)
* "A adversidade põe à prova os
espíritos".
Sonho de uma Noite de Verão
(1595-1596)
* "O amor não vê com os olhos, vê com
a mente; por isso é alado, é cego e tão
potente".
- Ato I - Cena I: Helena
Como Gostais (1599-1600)
* "Se não te lembram as menores
tolices que o amor te levou a fazer, é que
jamais amaste".
- Ato I - Cena IV -: Sílvio
O Mercador de Veneza (1596-1597)
* "O amor é cego, e os namorados
nunca vêem as tolices que praticam".
- Ato II - Cena VI: Jéssica
Tróilo e Cressida (1601-1602)
* "Nisto (...) é que consiste a
monstruosidade do amor: em ser infinita
a vontade e limitada a execução; em
serem ilimitados os desejos, e o ato,
escravo do limite".
- Ato III - Cena II: Tróilo
Cimbelino (1609-1610)
* "Os motivos do amor não têm
motivo".
Citações diversas
* "É uma infelicidade da época, que os
doidos guiem os cegos".
* "Sinto a fúria de suas palavras, mas
não entendo nada do que você diz."
* "Nunca poderá ser ofensivo aquilo
que a simplicidade e o zelo ditam."
* "O bom vinho é um camarada
bondoso e de confiança, quando tomado
com sabedoria."
* "É estranho que, sem ser forçado,
saia alguém em busca de trabalho."
* "A mulher que não sabe pôr a culpa
no marido por suas próprias faltas, não
deve amamentar o filho, na certeza de
criar um palerma."
* "Quem não sabe mandar deve
aprender a ser mandado."
* "Sábio é o pai que conhece seu
próprio filho."
* "As coisas mais mesquinhas enchem
de orgulho os indivíduos baixos."
* "O cansaço ronca em cima de uma
pedra, enquanto a indolência acha duro
o melhor travesseiro."
* "Até mesmo a bondade, se em
demasia, morre do próprio excesso."
* "Vazias as veias, nosso sangue se
arrefece, indispostos ficamos desde
cedo, incapazes de dar e de perdoar. Mas
quando enchemos os canais e as calhas
de nosso sangue com comida e vinho,
fica a alma muito mais maleável do que
durante esses jejuns de padre."
* "Sem saber amar não adianta amar
profundamente."
* "Algumas quedas servem para que
nos levantemos mais felizes."
* "Quanto mais fecho os olhos, melhor
vejo/ Meu dia é noite quando estás
ausente/ E à noite vejo o sol se estás
presente."
* "Mal usada, mesmo a mais dura faca
perde o fio."
* "Assim que se olharam, amaram-se;
assim que se amaram, suspiraram; assim
que suspiraram, perguntaram-se um ao
outro o motivo; assim que descobriram o
motivo, procuraram o remédio."
* "Sofremos muito com o pouco que
nos falta e gozamos pouco o muito que
temos."
* "Não há nada bom ou nada mau, mas
o pensamento o faz assim."
* "A vida é muito curta! Passar esse
momento de forma vil seria um
desperdício."
* "A verdade nunca perde em ser
confirmada."
* "Conservar algo que possa
recordar-te seria admitir que eu pudesse
esquecer-te."
* "Acontece que, para ter o que
desejamos, é melhor não falar do que
queremos."
* "O demônio pode citar as Escrituras
para justificar seus fins."
* "Quem se acompraz de ser adulado, é
digno do adulador."
* "A ambição deveria ser feita de pano
mais resistente."
* "Os homens têm morrido de tempos
em tempos - e os vermes os devoravam,
mas não foi por amor."
* "Ó poderoso amor! que por alguns
respeitos transformas um animal em
homem e por alguns outros, tornas um
homem em animal."
* "Um indivíduo pode sorrir, sorrir, e
ser um vilão."
* "A beleza persuade os olhos dos
homens por si mesma, sem necessitar de
um orador."
* "A beleza atrai os ladrões mais do
que o ouro."
* "Que jamais cresça em meu peito um
coração que confie num juramento ou
numa afeição."
* "Dê a todas pessoas seus ouvidos,
mas a poucas a sua voz."
* "Não é digno de saborear o mel,
aquele que se afasta da colméia com
medo das picadelas das abelhas."
* "Deixe vir o que me aguarda."
* "É mais fácil obter o que se deseja
com um sorriso do que à ponta da
espada."
* "A desconfiança é o farol que guia o
prudente."
* "Todo mundo é capaz de dominar
uma dor, exceto quem a sente."
* "Os homens deviam ser o que
parecem ou, pelo menos, não parecerem
o que não são."
* "As paixões ensinaram a razão aos
homens."
* "Nossas dúvidas são traidoras e nos
fazem perder o que poderia ser nosso
pelo simples medo de tentar."
* "O sono é o prenúncio da morte."
* "Nós somos feitos do tecido de que
são feitos os sonhos."
* "É melhor um tolo espirituoso do que
um espírito tolo."
* "'Consciência' é uma palavra usada
pelos covardes para incutir medo aos
fortes."
* "O que chamamos rosa, sob uma
outra designação teria igual perfume."
* "Ninguém poderá jamais
aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo
como mestre. A experiência se adquire
na prática."
* "A glória do tempo é acalmar os reis
em conflito."
* "Não chegarão ao ouvido do Eterno,
as palavras sem sentimento."
* "Quase sempre as mulheres fingem
desprezar o que mais vivamente
desejam."
* "Devagar! Quem mais corre, mais
tropeça!"
* "Ninguém sabe a dor ou a delícia de
ser se não é."
Os Dois Cavalheiros de Verona
(1594-1595)
* "O sincero amor quase não fala;
melhor se adorna com fatos e ações a
verdadeira fé, não com palavras".
* "Amar é ser vencida a razão pela
tolice".
* "Amar é comprar escárnio à custa de
gemidos".
* "Perde-se facilmente um carneiro
quando o pastor se afasta do rebanho".
- Ato I - Cena I: Proteu
* "Queres pegar estrelas cintilantes
porque no alto as enxergas?"
- Ato III - Cena I: Duque
* "Ninguém poderá jamais se
aperfeiçoar, se não tiver o mundo como
mestre. A experiência se adquire na
prática".
- Ato I - Cena III: Antônio
* "Fugi do fogo para não me queimar e
fui cair no mar, onde me afogo".
- Ato I - Cena III: Proteu
* "É comum que a mulher se
descontente com o que mais aprecia.
Não convém desanimar por isso, o
desdém de hoje é prenúncio de um amor
mais forte".
- Ato III - Cena I: Valentino
*********
Os Dois Cavalheiros de Verona
(1594-1595)
* "O sincero amor quase não fala;
melhor se adorna com fatos e ações a
verdadeira fé, não com palavras".
* "Amar é ser vencida a razão pela
tolice".
* "Amar é comprar escárnio à custa de
gemidos".
* "Perde-se facilmente um carneiro
quando o pastor se afasta do rebanho".
- Ato I - Cena I: Proteu
* "Queres pegar estrelas cintilantes
porque no alto as enxergas?"
- Ato III - Cena I: Duque
* "Ninguém poderá jamais se
aperfeiçoar, se não tiver o mundo como
mestre. A experiência se adquire na
prática".
- Ato I - Cena III: Antônio
* "Fugi do fogo para não me queimar e
fui cair no mar, onde me afogo".
- Ato I - Cena III: Proteu
* "É comum que a mulher se
descontente com o que mais aprecia.
Não convém desanimar por isso, o
desdém de hoje é prenúncio de um amor
mais forte".
- Ato III - Cena I: Valentino
*********
Otelo (1604-1605)
* "Quando os diabos querem dar
corpos aos mais nefandos crimes,
celestial aparência lhes emprestam".
- Ato II - Cena III: Iago
* "Os ciumentos não precisam de
causa para o ciúme: têm ciúme, nada
mais. O ciúme é monstro que se gera em
si mesmo e de si nasce".
- Ato III - Cena IV: Emília
* "Os homens deveriam ser somente o
que parecem".
- Ato III - Cena III: Iago
* "Fora de casa sois pinturas; nos
quartos, sinos; santas, quando ofendeis;
demônios puros, quando sois ofendidas;
chocarreiras no governo da casa e boas
donas do lar quando na cama".
- Ato II - Cena I: Iago
* "A opinião pública, a mais alta
soberana do êxito...".
- Ato I - Cena III - Doge
* "Se a balança de nossa vida não
dispusesse de um prato de razão para
contrabalançar o da sensualidade, o
sangue e a baixeza de nossa natureza
nos conduziriam às mais absurdas
situações".
- Ato I - Cena III: Iago
* "O que não tem remédio remediado
está".
- Ato I - Cena III: Doge
* "A reputação é um apêndice ocioso e
enganador, obtido muitas vezes sem
merecimento e perdido sem nenhuma
culpa".
- Ato II - Cena III: Iago
* "Só escuta de bom grado uma
sentença quem em proveito próprio nela
pensa".
- Ato I - Cena III: Brabâncio
* "É tolice viver quando a vida é um
tormento: dispomos da prescrição de
morrer, quando a morte é nosso
médico".
- Ato I - Cena III: Rodrigo
* "É mais vantagem fazer uso de armas
partidas do que das mãos vazias".
- Ato I - Cena III: Doge
* "Trabalha, meu veneno! Trabalha!"
- Ato IV - Cena I: Iago
* "O bom vinho é um camarada
bondoso e de confiança, quando tomado
com sabedoria".
- Ato II - Cena III: Iago
* "Nossos corpos são nossos jardins,
cujos jardineiros são nossas vontades".
- Ato I - Cena III: Iago
********
Romeu e Julieta (1594-1595)
* "O que na solidão toma incremento
[como a tristeza], pode minguar na vida
em sociedade".
- Ato IV - Cena I: Páris
* "Mais rico o sentimento em conteúdo
do que em palavras, sente-se orgulhoso
com a própria essência, não com os
ornamentos".
- Ato II - Cena VI: Julieta
* "Prudência! Quem mais corre mais
tropeça".
- Ato II - Cena III: Frei Lourenço
* "Que há num simples nome? O que
chamamos rosa, com outro nome não
teria igual perfume?"
- Ato II - Cena II: Julieta
* "O mel mais delicioso é repugnante
por sua própria delícia".
- Ato II - Cena VI: Frei Lourenço
* "Os loucos não possuem orelhas".
- Ato III - Cena III: Frei Lourenço
* "Alguma dor é indício de amizade,
mas muito choro significa pouco
espírito".
- Ato III - Cena V: Senhora Capuleto
* "Incêndio a incêndio cura. Uma dor
faz minguar a mais antigas."
- Ato I - Cena II: Benvólio
* "Só os mendigos conseguem contar
quanto dinheiro têm".
- Ato II - Cena VI: Julieta
* "Se amor é cego, nunca acerta o
alvo".
* "Só ri das cicatrizes quem ferida
nunca sofreu no corpo".
- Ato II - Cena II: Romeu
**********
Timão de Atenas (1607-1608)
* "Muitos passam para outro amo
pisando no primeiro".
- Ato IV - Cena III: Timão
* "É preferível não ter amigos do que
os ter mais nocivos que inimigos".
* "Quem gosta de ser adulado é digno
do adulador".
* "Antes de amar quem só o mal me
deseja a quem, fingindo o bem, só o mal
me enseja".
- Ato IV - Cena III: Flávio
* "A cerimônia foi inventada para dar
brilho aos atos pálidos".
- Ato I - Cena II: Timão
* "A clemência é a verdadeira virtude
da justiça".
- Ato III - Cena V: Alcibíades
* "Corajoso é quem suporta
sabiamente o que de pior a boca humana
exala".
- Ato III - Cena V: Primeiro senador
* "Não é justo vingar nos vivos o erro
dos mortos. Não se herda o crime como
se herdam terras".
- Ato V - Cena IV: Primeiro senador
* "O egoísmo domina a caridade".
- Ato III - Cena II: Primeiro estrangeiro
* "Sabes de algum esbanjador que
tenha sido amado depois de ter perdido
tudo o que possuía".
- Ato IV - Cena III: Apemanto
* "Monstruoso é o homem quando
assume a forma da ingratidão".
- Ato III - Cena II: Primeiro estrangeiro
* "Lábios, fazei cessar o amargo verbo,
pondo fim à linguagem".
- Ato V - Cena I: Timão
* "Sou-vos grato porque roubais às
claras, sem assumirdes aparência santa;
o mais vultuoso roubo é praticado nas
profissões honestas".
- Ato IV - Cena III: Timão
* "Não nos basta ajudar os que
precissam; depois, devemos
ampará-las".
- Ato I - Cena I: Timão