sábado, 23 de fevereiro de 2008

Se o Buda cruzar seu caminho, mate-o!


Demita seus gurus
 
É hora de acabar com a dependência e nos tornarmos tão grandes quanto os mestres que seguimos – tão autênticos, peculiares e obstinados quanto eles.
por Tijn Touber
 
"Todo homem deve chegar aos céus à sua própria maneira"
Frederico II (1712-1786), rei da Prússia
 
Gurus, professores espirituais, terapeutas, conselheiros: eu costumava segui-los com devoção. Devorava seus livros, não perdia um seminário e me sentava a seus pés. Durante anos viajei para a Índia, sem dúvida o país com maior índice de gurus por habitante. Todo professor que eu encontrava prometia algum tipo de iluminação ou libertação: um dizia que seria pelo compartilhamento do conhecimento, outro por meditação, ioga ou recitação de mantras. Alguns pregavam sermões longos, outros ficavam de boca fechada. Havia os que eram a própria encarnação do amor; outros eram rudes e investiam sem piedade contra seus seguidores até lhes despedaçar o ego. Muitos desses gurus eram extraordinariamente sábios e enriqueceram muito minha vida.
 
Contudo, comecei a duvidar se a relação entre um guru e seus seguidores seria mesmo a melhor maneira de atingir a libertação. Afinal, pouquíssimas vezes encontrei um seguidor que houvesse alcançado a iluminação - alguém que parecesse tão sábio e radiante quanto seu mestre. A maioria dos seguidores era gente devota, mas que duvidava muito de si mesma. Percebi também, em mim mesmo, que algumas vezes eu parecia encolher na presença de um guru que inspirava admiração em todos. Seria um sentimento de honra e respeito ou seria medo de me erguer sobre meus próprios pés?
 
Há mais de mil anos, o mestre zen chinês Lin Chi chamava a atenção para o perigo dos gurus. Ele via como muitos de seus contemporâneos transferiam a responsabilidade por seu bem-estar espiritual para outros. Com isso, dizia ele, as pessoas abriam mão de seu poder e de sua autenticidade. Esta observação levou-o a fazer uma declaração que se tornaria célebre: "Se o Buda cruzar seu caminho, mate-o". Em outras palavras, se você acha que vai encontrar a iluminação fora de si mesmo, está no caminho errado. Afinal, a essência dos ensinamentos do Buda é que todos carregam um Buda dentro de si - ou, em outros termos, todos somos Buda.

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Fora do lugar!


    No cérebro de um homem havia um neurônio sozinho. Um dia, um outro neurônio  passa por lá meio apressado. O neurônio solitário diz:
     - Olá! Tudo bem? Como vai? Prazer em vê-lo! Peraí, vamos conversar!
     O neurônio que passeava pelo cérebro estranha a hospitalidade e responde:
     - Olá, companheiro! Posso saber o motivo de tanta felicidade ao me ver?
    - Quer  saber? Você é o primeiro neurônio que vejo passar por aqui depois de  décadas... Estou sozinho há tanto tempo nesse maldito cérebro...
     - Mas espera aí... há quanto tempo você está aqui solitário?
    -  Bem... Desde sempre... Sempre estive aqui...
    - Cara,  mas você é burro mesmo! Desce pro pinto... Tá todo mundo lá!

ELEGIA (erótica)


(Ilust:Fragmento de "Sonhos de arrebalde";
óleo sobre tela - 100x70cm
)

Indo para o leito
John Donne

Vem, Dama, vem que eu desafio a paz;
Até que eu lute, em luta o corpo jaz.
Como o inimigo diante do inimigo,
Canso-me de esperar se nunca brigo.

Solta esse cinto sideral que vela,
Céu cintilante, uma área ainda mais bela.
Desata esse corpete constelado.
Feito para deter o olhar ousado.
Entrega-te ao torpor que se derrama
De ti a mim, dizendo: hora da cama.
Tira o espartilho, quero descoberto
o que ele guarda, quieto, tão de perto.
o corpo que de tuas saias sai
É um campo em flor quando a sombra se esvai.
Arranca essa grinalda armada e deixa
Que cresça o diadema da madeixa.
Tira os sapatos e entra sem receio
Nesse templo de amor que é o nosso leito.
os anjos mostram-se num branco véu
Aos homens Tu, meu anjo, és como o Céu
De Maomé. E se no branco têm contigo
Semelhança os espíritos, distingo:
o que o meu anjo branco põe não é
o cabelo mas sim a carne em pé.
Deixa que minha mão errante adentre
Atrás, na frente, em cima embaixo, entre.
Minha América! Minha terra à vista,
Reino de paz, se um homem só a conquista,
Minha Mina preciosa, meu Império,
Feliz de quem penetre o teu mistério!
Liberto-me ficando teu escravo;
onde cai minha mão, meu selo gravo.
Nudez total! Todo prazer provém
De um corpo (como a alma sem corpo) sem
Vestes. As jóias que a mulher ostenta
São como as bolas de ouro de Atalanta:
o olho de tolo que uma gema inflama
Ilude-se com ela e perde a dama.
Como encadernação vistosa, feita
Para iletrados, a mulher se enfeita;
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns (a que tal graça se consente)
É dado lê-la. Eu sou um que sabe;
Como se diante da parteira, abre-
Te: atira, sim, o linho branco fora,
Nem penitência nem decência agora.
Para ensinar-te eu me desnudo antes:
A coberta de um homem te é bastante.

Tradução: Augusto de Campos

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Nestor e a vizinha

Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se enxugando. A campainha da porta toca.
Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas.
Quando ela abre a porta, vê o vizinho Nestor em pé na soleira.
Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Nestor diz:
- Eu lhe dou 3.000 reais se você deixar cair esta toalha!
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Nestor então entrega a ela os 3.000 reais prometidos e vai embora.
Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Nestor, o vizinho da casa ao lado, diz ela.
- Ótimo! Ele lhe deu os 3.000 reais que ele estava me devendo?
Conclusão:
Se você compartilha informações a tempo, pode prevenir exposições desnecessárias.

Seção: "Esqueçam o que eu falei"

 
"Democracia é bom, mas tem hora" (Lula, referindo-se à expulsão de Paulo de Tarso Venceslau, do PT, por ter denunciado corrupção no partido, revista Isto É, 25 de março de 1998).
 
"É só pegar os panfletos e as entrevistas dos líderes dos partidos para perceber que eles estão de esquerda para enterrados. São como cadáveres insepultos vagando por aí. A maioria dos grupos que se dizem de esquerda são igrejinhas, seitas, um bando de loucos e dogmáticos" (Herbert José de Souza, Betinho, setembro de 1995).
 
"Não sou do PT e quero distância desses loucos que se limitam a usar a retórica de esquerda sem ter propostas concretas. Defendo a economia de mercado e creio que a estabilidade da economia é um valor popular definitivo. Acho que o socialismo não é mais possível" (Ciro Gomes, Rádio CBN, 25 de agosto de 1997).
 
"Não sou e nem nunca fui socialista. Como posso ser a favor de um regime no qual quem produzir oito garrafas de cerveja ganhará o mesmo que quem produz dez?" (Lula, revista VEJA, 13 de agosto de 1997).

Quando a mulher lê

Um casal sai de férias para um hotel-fazenda.
O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler.
Uma manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca.
Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago.
Ela navega um pouco, ancora, e continua lendo seu livro.
Chega um guardião do parque em seu barco, para ao lado da mulher e fala:
- Bom dia, madame. O que está fazendo?
- Lendo um livro - responde, pensando: será que não é óbvio?
- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida, informa.
- Sinto muito, tenente, mas não estou pescando, estou lendo.
- Sim, mas com todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode
começar a qualquer momento.
Se não sair daí imediatamente, terei de multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual.
- Mas eu nem sequer a toquei! - diz o guardião.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento.
- Tenha um bom dia,madame - diz ele, e vai embora.
 
Obs.: "Nunca discuta com uma mulher que lê. Certamente ela pensa."

Para trocar uma lâmpada, quantas pessoas são necessárias?

Depende do tipo de pessoa:
 
Gays
Seis: um para trocar e cinco para ficar gritando: Linda! Poderosa!
Maravilhosa! Divina! tuuudo!
 
Peruas
Duas: uma chama o eletricista e a outra prepara os drinques.
 
Psicólogos
Apenas um, mas a lâmpada PRECISA QUERER ser trocada.
 
Loiras
Cinco: uma para segurar a lâmpada e outras quatro para girarem a
cadeira.
 
Consultores
Dois... Um sempre abandona o trabalho no meio do projeto.
 
Bêbados
Um, só pra segurar a lâmpada, enquanto o teto vai rodando.
 
Ativistas Gays
Nenhum. A lâmpada não precisa mudar, para ser aceita pela
sociedade..
 
Cantores sertanejos
Dois: um troca a lâmpada e o outro escreve uma canção sobre os bons
tempos da lâmpada antiga...
 
Machões
Nenhum: macho não tem medo de escuro.
 
Patricinhas
Duas: uma pra segurar a Coca light e outra pra chamar o papai.
 
Argentinos
Um só: ele segura a lâmpada e o mundo gira ao seu redor.
 
Mulher com TPM (essa é a melhor de todas)
Só ela! Sozinha!! Porque ninguém, dentro desta casa sabe como trocar
uma lâmpada! É um bando de IMPRESTÁVEIS!!! Eles nem percebem que a lâmpada queimou! Eles podem ficar em casa no escuro por três dias antes de notar que a porcaria da lâmpada queimou! E quando eles notarem, vão passar mais cinco dias esperando que EU troque a lâmpada, porque eles acham que eu sou a ESCRAVA deles!!! E quando eles se derem conta de que eu não vou trocar a lâmpada, eles ainda vão ficar mais dois dias no escuro porque não sabem que as lâmpadas novas ficam dentro da dispensa! E se, por algum milagre eles encontrarem as lâmpadas novas, vão arrastar a poltrona da sala até o lugar onde está a lâmpada queimada e vão arranhar o piso todo, porque são INCAPAZES de saber onde a escada fica guardada! É inútil
esperar que eles troquem a lâmpada, então sou eu mesmo quem vai trocá-la! E como eu sou uma mulher independente, vou lá e troco! E SOME DA MINHA FRENTE!

Morte digna

por Gilberto Dupas
 
Vamos aprofundar uma reflexão iniciada neste espaço há quase dois anos. Em que medida é desejável o prolongamento da vida usando recursos extremos? Quem se beneficia desses procedimentos? A importância das tecnologias é óbvia. Mas onde estão o interesse do paciente que sofre e a proteção da sua dignidade humana? Imagine-se o drama dos pais de fetos com defeitos congênitos, para os quais a medicina de ponta recomenda intervenções radicais até antes do nascimento. Trinta anos atrás, médicos experientes costumavam dizer: a natureza é sábia; deixemos que ela selecione quem deve nascer. Hoje, a tecnologia, onipotente e plena de esperança, obriga esses pais a uma decisão terrível: submeterem seus filhos aos procedimentos mais invasores ou se sentirem eternamente culpados de não terem tentado o máximo. É o mesmo dilema trágico ao se tratar da sobrevida de mãe idosa, com doença grave. Embora o olhar da mãe implore o descanso final, médicos jovens armados com os novos recursos da medicina dizem: vai deixá-la morrer? E se um novo medicamento for inventado? Imensos recursos são investidos em novos equipamentos, que se tornam "indispensáveis" e, em seguida, precisam ser amortizados. O custo dos tratamentos aumenta pesadamente. E o sofrimento também. Para quem pode usá-los, proliferam hospitais privados moderníssimos; mas sobram pressões insuportáveis sobre a rede pública de saúde.
 
O nascimento de uma criança foi transformado, de uma função fisiológica para a qual o organismo da mulher esteve desde sempre preparado, em questão cirúrgico-hospitalar. O número de cesarianas no Brasil é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O parto, tal qual evento cirúrgico, vê a mulher como recipiente a esvaziar...

TAPIOCA NA CARA


por Glauco Fonseca

Sujeito apresenta cartão para pagar a conta no restaurante e o garçom diz:

- O senhor por acaso não teria um outro? Não se trata de problema nem na tarja, nem no chip nem na maquininha. O problema é de ordem ética mesmo. É que lamentavelmente não poderemos aceitar este cartão. Sua despesa não configura urgência e relevância para o Estado brasileiro.

No supermercado, a moça do caixa olha com desdém para o cartão corporativo e diz ironicamente ao cliente:

- O moço encontrou tudo que precisa? Não quer aproveitar para comprar produto para proteção de madeira contra cupim? Não quer aproveitar para comprar lixa de madeira, pregos e verniz? Sim, porque nunca vi tamanha cara-de-pau comprar uísque, picanha argentina e vinho importado com um cartão pago por mim que ganho salário mínimo. Eu, hein?

No posto de gasolina, diz o frentista com as mãos na cintura para o descolado dono do carro particular em pleno sábado à tarde:

- Num sábado, amigão? Indo pra praia, meu chapa? Não aceito. Ou paga com outro cartão ou vou tirar a gasolina. Leva a mal não, cidadão, mas essa gasolina aí ta sendo paga por mim também, né? E eu não tô a fim de rachar contigo, não.

No hotel de luxo, a autoridade apresenta o cartão para pagar a hospedagem. O atendente diz à cliente VIP:

- A senhora não gostaria de pagar com outro cartão? É que, como se trata de dinheiro público, o povo ta numa dureza braba, eu sou povo e estou liso como sabão também, estamos tentando economizar um pouquinho, sabe com é. Se a senhora ajudar, pagando com um cartão próprio pelo menos os extras, já ajudaria nas MINHAS finanças.

Na casa de massagem:

- Olha, amigo, cartão de crédito a gente aceita. Se o cliente for um cara bacana, a gente pendura e até vale-transporte e ticket alimentação a gente recebe. Agora, esse cartão como essa estrela aí eu não vou aceitar não. Aqui a gente passa a mão no cliente, sim. Mas a mão no bolso a gente não mete não e isso aí é dinheiro público. Mão boba aqui só da iniciativa privada.

No freeshop, o rapaz do caixa repassa as compras do cidadão bacana chegando de Miami:

- Cigarros, chocolates suíços, gravatas Hermès, iPods para as crianças. Era só isso, Excelência ou vai cravar mais alguma facada no combalido erário através deste cartão corporativo pago com dinheiro público?

E digo eu:
- Ah, se um dia o povo descobre...

Assim caminha a revolução


Autor: Lézio Júnior

Como Lênin, Mao e Guevara, em breve Fidel Castro será apenas um pôster na parede. Ou a ilustração de camiseta.
Claudio Humberto

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Políticamente "incorreto"? Fogueira nele!


"Que acontece quando uma estupidez
luta contra outra?
Uma pode ganhar de todas as outras,
mas nem por isso deixa de ser estupidez;
e não poderá no fim, ser descoberta
e vencida pela verdade?".

*********************

"Se eu, ilustríssimo Cavaleiro, manejasse um arado, apascentasse um
rebanho, cultivasse uma horta, remendasse uma veste, ninguém me daria
atenção, poucos me observariam, raras pessoas me censurariam e eu
poderia facilmente agradar a todos. Mas, por ser eu delineador do
campo da natureza, por estar preocupado com o alimento da alma,
interessado pela cultura do espírito e dedicado às atividades do
intelecto, eis que os visados me ameaçam, os observados me assaltam,
os atingidos me mordem, os desmascarados me devoram. E não é só um,
não são poucos, são quase todos. Se quiserdes saber por que isto
acontece, digo-vos que o motivo é que tudo me desagrada, detesto o
vulgo, a multidão não me contenta..."
Giordano Bruno

florbela...

Adeus mamãe... Muito lindooo

Aos corações sensíveis

Um jovem estava fazendo compras no supermercado, quando notou que uma velhinha o seguia por todos os lados.
Se ele parava, ela parava e ficava olhando para ele. No fim, já no caixa, ela se atreveu a falar com ele, dizendo:
- "Espero que não o tenha feito se sentir incomodado; mas é que você se parece muito com meu filho que faleceu".
O jovem, com um nó na garganta, respondeu que estava bem, que não havía problema.
A velhinha lhe disse, quero lhe pedir algo incomum.
O jovem lhe respondeu, diga-me em que posso ajudá-la.
A velhinha falou que queria que ele lhe dissesse "Adeus Mamãe", quando eu me for do supermercado, isso me fará muito feliz!
O jovem bom sabendo que seria um gesto que encheria o coração e espírito da velhinha, aceitou.
Então, enquanto a velhinha passava pela caixa registradora se voltou sorrindo e agitando sua mão disse: "Adeus filho"!
Ele cheio de amor e ternura lhe respondeu efusivamente 'Adeus mamãe"
O homem contente e satisfeito pois com certeza havia dado um pouco de alegria a velhinha, continuou pagando suas compras.
"Sao R$ 554,00 lhe disse a moça do caixa".
"Cruz credo ... Por que tanto se só levo somente uma pizza congelada??"
E a moça do caixa lhe disse:
- "Sim, mas sua mamãe disse que você pagaria pelas compras dela também".

Moral da história:
- "Não confie em nenhuma velha que se aproxime de você em supermercado com sentimentalismo barato!