sexta-feira, 16 de maio de 2008

A ARTE DA NEGOCIAÇÃO

Pai - Filho, quero que você se case com uma moça que eu escolhi.
Filho - Mas pai, eu quero escolher a minha mulher.

Pai - Meu filho, ela é filha do Bill Gates.
Filho - Bem neste caso eu aceito.

Então o pai negociador vai encontrar o Bill Gates.
Pai - Bill, eu tenho o marido para sua filha.
Bill Gates - Mas a minha filha é muito jovem para casar.

Pai - Mas esse jovem é vice-presidente do Banco Mundial.
Bill Gates - Neste caso tudo bem.

Finalmente o pai negociador vai ao Presidente do Banco Mundial.
Pai - Sr. presidente, eu tenho um jovem que é recomendado para ser
vice-presidente do Banco Mundial.
Pres Banco Mundial - Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, inclusive mais
do que o necessário.

Pai - Mas Sr, este jovem é genro do Bill Gates.
Pres Banco Mundial - Neste caso ele está contratado.

Não existe negociação difícil, perdida nem impossível !
Tudo depende da ESTRATÉGIA...

Para Ler Como Um Escritor


de Francine Prose
(Trecho)

A escrita criativa pode ser ensinada?
É uma pergunta sensata, mas por mais vezes que me tenha sido feita, nunca sei realmente o que responder. Porque se o que as pessoas querem dizer é "pode o amor à linguagem ser ensinado?", "pode o talento para a narração de histórias ser ensinado?", então a resposta é não. Talvez seja esta a razão por que a pergunta é formulada tantas vezes num tom cético que sugere que, diferentemente da tabuada de multiplicar ou dos princípios da mecânica automobilística, a criatividade não pode ser transmitida de professor para aluno. Imagine Milton inscrevendo-se num programa de pós-graduação para obter ajuda com Paraíso perdido, ou Kafka suportando um seminário em que seus colegas o informam que, francamente, a passagem em que o sujeito acorda uma manhã pensando que é um inseto gigante não os convence.
O que me confunde não é a sensatez da pergunta, mas o fato de que ela está sendo feita a uma escritora que ensinou escrita, intermitentemente, por quase 20 anos. Que impressão eu daria sobre mim, meus alunos e as horas que passamos na sala de aula se dissesse que qualquer tentativa de ensinar a escrita de ficção é uma completa perda de tempo? Provavelmente teria de ir em frente e admitir que andei cometendo uma fraude criminosa.
Em vez disso, respondo relembrando minha própria e valiosíssima experiência, não como professora, mas como aluna numa das poucas oficinas de ficção que freqüentei. Foi na década de 1970, durante minha breve carreira como estudante de pós-graduação em literatura inglesa medieval, quando me foi permitido o prazer de fazer um curso sobre ficção. O generoso professor ensinou-me, entre outras coisas, a editar meu trabalho. Para qualquer escritor, a capacidade de olhar uma frase e identificar o que é supérfluo, o que pode ser alterado, revisto, expandido ou – especialmente – cortado é essencial. É uma satisfação ver que a frase encolhe, encaixa-se no lugar, e por fim emerge numa forma aperfeiçoada:clara, econômica, bem definida.
Ao mesmo tempo, meus colegas proporcionavam-me meu primeiro público real. Nessa pré-história, antes que a massificação da fotocópia permitisse aos alunos distribuir manuscritos previamente, líamos nosso trabalho em voz alta. Naquele ano, eu estava começando o que viria a ser meu primeiro romance. E o que fez uma importante diferença para mim foi a atenção que sentia na sala enquanto os outros ouviam. Fui estimulada pela ânsia que tinham de ouvir mais.
Essa é a experiência que descrevo, a resposta que dou para as pessoas que me perguntam sobre o ensino de escrita criativa: uma oficina pode ser útil. Um bom professor pode lhe mostrar como editar o seu trabalho.A turma adequada pode formar a base de uma comunidade que o ajudará e sustentará.
Mas não foi nessas aulas, por mais úteis que tenham sido, que aprendia escrever.
Como a maioria dos escritores, talvez todos, aprendi a escrever escrevendo e lendo, tomando os livros como exemplo.
Muito antes de a idéia de palestras de escritores passar pela mente de alguém, escritores aprendiam pela leitura da obra de seus predecessores. Eles estudavam métrica com Ovídio, construção de trama com Homero, comédia com Aristófanes; afiavam seu estilo absorvendo as frases claras de Montaigne e Samuel Johnson. E quem teria podido pedir melhores professores: generosos, não-críticos, abençoados com sabedoria e gênio ,tão infinitamente magnânimos como só os mortos podem ser?
Embora muitos escritores tenham aprendido com os mestres de uma maneira formal, metódica — Harry Crews descreveu como analisou um romance de Graham Greene para ver quantos capítulos continha,quanto tempo abrangia, como Greene lidava com ritmo, tom e ponto de vista —, a verdade é que esse tipo de educação envolve mais freqüentemente uma espécie de osmose. Depois que escrevo um ensaio em quecito extensamente grandes escritores, tendo de copiar longas passagens de suas obras, noto que meu próprio trabalho se torna um pouco mais fluente, ainda que por um breve momento.
No processo de me tornar uma escritora, li e reli os autores de que mais gostava. Lia por prazer, primeiramente, mas também de maneira mais analítica, consciente do estilo, da dicção, do modo como as frases eram formadas e como a informação estava sendo transmitida, como o escritor estava estruturando uma trama, criando personagens, empregando detalhes e diálogos. E à medida que escrevia, descobri que escrever,como ler, fazia-se uma palavra por vez, um sinal de pontuação por vez. Requer o que um amigo meu chama de "pôr cada palavra em xeque":mudar um adjetivo, cortar uma frase, remover uma vírgula e pôr a vírgula de volta.
Leio minuciosamente, palavra por palavra, frase por frase, ponderando cada aparentemente mínima decisão tomada pelo escritor. E embora seja impossível recordar todas as fontes de inspiração e instrução, posso lembrar os romances e contos que me pareceram revelações: poços de beleza e prazer que eram também livros didáticos, aulas particulares da arte da ficção.
Este livro pretende ser em parte uma resposta a essa pergunta inevitável sobre como os escritores aprendem a fazer algo que não pode ser ensinado. O que os escritores sabem é que, em última análise, aprendemos a escrever com a prática, o trabalho árduo, a repetição de tentativas e erros, o sucesso e o fracasso e com os livros que admiramos. Assim, o livro que se segue representa um esforço para recordar minha própria educação como romancista e ajudar o leitor apaixonado e aquele que deseja ser escritor a compreender como um escritor lê.

Duas loiras?


Duas mulheres bem gostosas, verdadeiros aviões, resolvem sacanear com um velhinho de 88 anos.
Aproximam-se dele e perguntam:
- Mas que velhinho simpatico! tudo bem? O que você faria com duas mulheres tão gostosas quanto nós ?
E o velhinho:
- Com vocês duas, não faria nada, mas com mais quatro ou cinco, abriria um puteiro.