sábado, 22 de março de 2008

relato de uma brasileira desde o Tibet

Amigos,
Esta narrativa é muito, muito tocante e nos faz ver o que é a necessidade de um povo viver em liberdade e de acordo com seus costumes e tradições!
Fiquei muito emocionada, e acredito que vocês também se sentirão solidários a este povo tão pacato e religioso que só quer ser livre.
Vamos divulgar e muito, por favor.
Abraços, paz e bem!
Mariza Passos.
**********************
Amigos,
Eu acabo de voltar da Índia e Nepal. Entre as cidades que pude visitar estava Dharamsala aonde vive Sua Santidade o Dalai Lama. Lá conheci uma brasileira Beatriz Bispo que estuda o budismo Tibetano há 15 anos naquela cidade ao lado de seus mestres Sua Santidade o Dalai Lama e Khamtrul Rimpoche.
É ela que me manda um relato que gostaria de compartilhar comvocês , fiquem a vontade para repassar esse email para o maior número de pessoas, pois é um relato verdadeiro e sem intermediários, de alguém que está dentro da cultura Tibetana e que mora na cidade que abriga o Governo do Tibet no exílio.
As imagens que vemos na mídia podem parecer violentas e não combinam nada com a alma e natureza do povo tibetano que é pacífico e que prega e vive a compaixão de todas as formas. Devemos trabalhar pra construir uma cultura de paz e não ficarmos calados quando vemos a paz e quem trabalha por ela serem massacrados e humilhados. No momento, divulgar a causa do Tibet já é uma grande ajuda.
Muito obrigado, com carinho
Bel Augusta

* UMA VISÃO GERAL DA SITUAÇÃO TIBETANA DENTRO E FORA DO TIBETE
**16/03/2008
*
*Índia:*
McLeod Ganj (O quarteirão tibetano em Dharamsala) está fervendo.
Eu vivo a 200 metros do templo principal, o qual nesses últimos dias , tem sido o maior foco para os protestos aqui. As ondas das emoções variam de alegria, cantos e gritos de lamentos e 'slogans', que podem ser ouvidos do meu quarto.
Na rua em frente ao templo uns quarenta Tibetanos estão em greve de fome, esperamos, porém que não cheguem até a morte.
Cem daqueles que planejavam marchar de Dharamsala a Lhasa, foram detidos antes que chegassem à fronteria do estado do Himachal Pradesh com o estado do Punjab. Eles estão sendo detidos por quatorze dias porque recusam
assinar um papel no qual eles juram que abandonarão a marcha.
Ontem - dia 16/03 - um grupo de duzentos saiu em marcha de Macleod Ganj para cercar a prisão onde seus companheiros estão detidos. Este grupo se transformou em uma multidão de mais de três mill dos tibetanos que vivem aqui. E até hoje mesmo muitos outros estão dispostos a fazer o mesmo.
Todas as lojas, restaurantes e tudo aquilo que diz respeitos aos tibetanos estão fechadas. Em Delhi há poucos dias atrás uns cinqüenta protestantes também foram presos.
Eu há pouco vim do templo onde a Sua Santidade o Dalai Lama deu uma entrevista coletiva - jornalistas da BBC, CNN, Alemanha, Japão e outros estavam presentes. Só aqueles jornalistas da imprensa puderam participar da coletiva.

*Tibet: *
Os chineses dizem que dez pessoas morreram. Mas a *mídia * noticiou uns trinta, há dois dias atrás. Ontem contavam oitenta corpos. Mas aqui, as vozes que chegam dizem que são mais de cem. A tendência é só subir. O governo chinês pediu que os manifestantes se rendam antes da meia-noite de segunda-feira 17/03 - se eles desafiarem, ao invés do 'tratamento severo' receberão uma 'moderada' punição. Seríamos hipócritas em acreditar nisso.
Os manifestantes sabem o que exatamente se espera. Mas eles não esperam render. Os chineses os bloquearam em um quarteirão velho da cidade.
Ainda não é claro como começou a violência. Relatórios de tibetanos em Lhasa, por celulares, dizem que as manifestações começaram pacificamente por alguns monjes mas foram reprimidas pelas forças chinesas com força brutal. Isto fez com que as manifestações aumentassem, envolvendo pessoas leigas e eventualmente algum tibetano, lançando pedras e queimando edifícios, etc.
Quase todas as imagens e notícias vêm de Lhasa, com lojas quebradas e queimando. Todavia isto parece ser mais uma tentativa, chinesa de retratar os tibetanos como agitadores e 'terroristas separadores.' O que as novas imagens das notícias não mostram é a sua ação severa.
Relatórios nos chegam através de celulares dos Tibetanos na capital de Lhasa dizendo que grandes números de manifestantes ainda inconscientes devido a um tipo de gás lançado, foram levados nos caminhões dos exército para lugar ignorado. Outros relatórios contam de pessoas sendo mortas e seus corpos sendo jogados fora.
Embora a atenção da mídia esteja concentrada em Lhasa, os tibetanos em todas as outras três regiões do Tibet (Utsang, Kham e Amdo), também fazem demonstrações com milhares de participantes em Tau, Kandze, Lithang, Labrang Tashikyil e Penpo. Em Amdo Ngawa até mesmo 12.000 pessoas se levantaram em demonstração de protesto. Na Província de Gansu, os estudantes de uma universidade também se ergueram em manifestação. Em todos os lugares o exército chinês respondeu, a estas demonstrações pacíficas de forma brutal, matando um número de pessoas ainda não confirmado.
Tudo isso são só relatórios, o que realmente está acontecendo nesse momento em Lhasa e nas outras províncias do Tibet é muito dificil de ser efetivamente constatado.

*O Dalai Lama e o Governo chinês:*
O governo chinês diz que as demonstrações foram 'habilmente planejadas peloDalai e seu grupo exclusivo'. O Dalai Lama desmentiu tudo isso publicamente e temos toda razão para acreditar nele. Ele lamentou profundamente pelas perdas das vidas que estão ocorrendo e não
pode encorajar as ações que custem as vidas de outros seres. Por isso é inverossímil, dizer que as manifestações foram coordenadas por ele, como os chineses estão proclamando.

É muito mais plausível, e de acordo com aquilo que eu conheço dos tibetanos, que eles tenham começado com demonstrações pacíficas espontâneas aproveitando essa oportunidade das Olimpíadas em Beijim, onde o mundo inteiro esta aí focalizado, para fazer a causa do Tibet se tornar em uma causa de interesse mundial; tais demonstrações ganharam impulso e geraram eventos semelhantes em outros lugares.
A intensidade que nós estamos vendo, é uma explosão de frustração retida por cinco décadas, um ressentimento por serem oprimidos por um regime que não dá liberdade de expressão, religião e cultura, e não o produto de um 'esquema do clã do Dalai.' Os tibetanos sentem entristecidos e com toda razão. As atrocidades que vem acontecendo são muitas e variadas, há mais de 60 anos, não reveladas aos olhos do mundo. Entretanto aqui não é o lugar para entrar em detalhes.
Embora seja verdade que o Dalai Lama tenha se recusado a pedir que parassem as manifestações, não foi porque ele desejasse causar algum dano aos chineses ou encorajasse a violência. E sim por que nesses últimos dias ele recebeu telefonemas de tibetanos suplicarando a ele que não lhes pedisse para suspender as suas manifestações.
Os tibetanos querem exercitar os seus básicos direitos humanos de expressão.
Durante anos o povo tibetano foi atormentado por um sentimento de inutilidade, de querer melhorar as condições na sua própria pátria sem o menor resultado. Agora, eles acham que têm uma oportunidade para fazer algo que poderia trazer a atenção do mundo à situação do Tibet. Qualquer que seja o resultado, mesmo seja se unindo em uma marcha, a sensação de estar contribuindo pessoalmente com algo, dá esperança e coragem às pessoas.
Consideramos que não fazendo nada, somos conduzidos à desesperança e à frustração.

Até os cães se unem contra a violência

Se no caso o Dalai Lama pedir aos tibetanos que parem com as manifestações , eles se sentiriam devastados, porque eles o respeitam acima de qualquer outra coisa e não querem contradizer os seus desejos expressos.
Mas os tibetanos, e principalmente a nova geração, sente a necessidade de agir, e agir agora.
Muitos tibetanos me disseram: - "Como eu não posso simplesmente fazer nada enquando meus irmãos e irmãs estão no Tibet arriscando as suas próprias vidas pela nossa pátria? Nós temos uma responsabilidade para os apoiar, não só em pensamento, mas também em palavra e ação."

As demonstrações começaram no dia 10 de Março que é o 49º aniversário da insurreição falhada contra o chinês, após o qual a Sua Santidade fugiu do Tibet para a Índia. É uma data que trás emoções dolorosas para os tibetanos. E eles sabem que o mundo está vendo a China na corrida até as Olimpíadas.
Estes dois, o aniversário da rebelião e a chegada das Olimpíadas, proporcionaram às pessoas um catalisador.

Por favor lembrem que o tibetanos não são hipócritas. Embora não se poderia esperar tal reação de povo nômade e comerciante, eles são politicamente astutos. Eles tiveram que sobreviver sob um regime comunista. E ainda, considerando que em outro lugar tal astúcia, combinada ao egoísmo, poderia ter conduzido à colaboração.
Ao contrário, em geral, os tibetanos resistiram à ideologia comunista chinesa e à sua propaganda. Eu atribuo isso à força de caráter e cultura desse povo. Embora quieto durante relativamente muito tempo, eles esperaram pacientemente o momento apropriado de agir.
Esses são os fatos até onde se pode averiguar.
Quanto à minha opinião, eu me senti devastada e com lágrimas nos olhos quando eu vi os primeiros relatórios na BBC, enquanto os meus amigos (monges tibetanos) asseguraram que o que nós estamos vendo era bom. Apesar de ser um erro e queimar as lojas fosse algo que eles não devessem ter feito... eles fizeram, e os outros notarão...

*Eles estão frustrados pelo jeito em que a Comunidade Mundial até hoje não fez nada mais para garantir a paz e liberdade pessoal no Tibet. Eles querem a expressão do mundo e seu apoio*.


Os tibetanos acham(como eu também) que esta é uma hora crítica. O Dalai Lama tem 73 anos. Com as Olimpíadas em Beijing, o mundo pode ter alguma influência sobre China. Pode ser um tipo de idealismo (eu não direi ingenuidade) esperar que, por uma vez, o mundo coloque suas preocupações humanitárias e éticas à frente do lado econômico. Se não agora, então quando?
Eu não espero que a situação possa ser resolvida logo. Haverão incidentes relacionados às Olimpíadas. As Olimpíadas devem prosseguir, porque o mundo estará lá para testemunhar.
Embora possa aparecer firme, o governo chinês é frágil por essa razão que é obrigado a usar meios brutais e medo. Eles não têm nenhuma consideração pelos sentimentos e mentes das pessoas. O que aconteceu na Europa oriental é ligado ao que eventualmente pode acontecer na China.
Ou seja, eu não estou predizendo a queda iminente do regime comunista chinês. Eu só pretendo insinuar que essa agitação é difundida e sentida profundamente. Não só no Tibet mas através de toda China. Vamos esperar que estas manifestações tragam frutos positivos, sejam para os tibetanos, para os chineses e para o mundo.

Eu peço a vocês que leiam, assistam ou escutem o que a Sua Santidade o Dalai Lama diz. Ele é prático, sábio e acima de tudo compassivo. Ele não é nenhum estadista ordinário e a resposta dele seguramente será um testamento da originalidade do seu pensamento.

*Beatriz Bispo_ *Dharamsala, India*
*Bel Augusta*
tel/fax 21 2247.1812
*R. Vinícius de Moraes 190/01 Ipanema
Rio de Janeiro RJ 22.411-010
www.base9.com.br


Ivy Francis Ashudechen
Presidente do Centro de Dharma e Estudos do Budismo Tibetano Lama Gangchen - KURU JAMTSE SA
--
gabi tashi delek
muita paz

Criando um logotipo olímpico





PRONTO!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Um dia vieram e levaram meu vizinho


"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar..."

*Martin Niemöller, 1933
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O fragmento de Eduardo Alves da Costa:

No caminho com Maiakóvski

"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[...]"

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Nelson Ascher:

QUANDO VIERAM atrás das lâmpadas incandescentes, não protestei porque já me habituara a ler à luz de outras;
quando baniram os bifes, não disse nada porque podia comer pizzas;
quando eliminaram os transgênicos, tampouco reclamei, pois meu salário bastava para comprar alimentos orgânicos;
quando proscreveram os vôos internacionais, dei de ombros, pois já conhecia Paris, Londres, Veneza;
quando tornaram proibitivo o uso de automóveis, obrigando todos a se aglomerarem em ônibus e metrôs, calei-me porque trabalhava em casa;
quando plastificaram as genitálias alheias para limitar a produção de bebês, ri da história porque não me dizia respeito;
quando criminalizaram a sátira, os comentários politicamente incorretos, a obesidade, o fumo etc., aí, obviamente, já era tarde demais para abrir o bico.
_______
Comentário de Reinaldo Azevedo: A paródia de Ascher, claro, é muito bem-vinda. Ao fazê-la, para quem sabe ler, evidencia que vivemos dias bem próximos de um novo totalitarismo: ele está fragmentado em várias frentes, assume diversas roupagens e advoga várias faces particulares do humanismo. De fato, o Ocidente passou a ser tolerante em excesso com aqueles que querem solapar o seu valor essencial, sem o qual todo o resto está sob risco: a liberdade.
Nelson Ascher, escreve sempre às segundas na Folha, é um dos melhores articulistas da imprensa brasileira e, sem dúvida, o melhor texto do jornal. (...) O homem escreve para adultos, não para adolescentes ideológicos contaminados pela diluição da velha agenda de esquerda, hoje dividida entre os vários “ismos” politicamente corretos — entre eles, é evidente, o ecologismo bocó.
Seguem os demais parágrafos do texto de Ascher:
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Poucas décadas atrás, todas as proibições mencionadas teriam parecido ridículas, quando não absurdas. Dependendo de onde a vítima viva, hoje a maioria delas se tornou real demais. E muitas estão sendo impostas aos cidadãos não por meio de mecanismos democráticos, como a discussão e o voto, mas através de lobbies endinheirados que pressionam governos para que estes imponham à sociedade as manias desta ou daquela minoria obsessiva.

O lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas. Esse pessoal não apenas meteu na cabeça que, devido a algumas variações de frações de graus nos últimos cem anos, o planeta está prestes a se derreter, como se convenceram também de que nós, ou seja, os seres humanos, é que somos a causa do suposto desastre. Gente como Al Gore, os militantes do Greenpeace e os burocratas transnacionais da ONU selecionam a dedo, entre inúmeras hipóteses contraditórias, as poucas que lhes confirmam os preconceitos, obtêm apoio de alguns cientistas que acreditam nelas, conseguem o silêncio de muitos outros e, valendo-se de modelos computacionais às vezes duvidosos, muitas vezes discutíveis e discutidos, transformam em verdade absoluta o que mal passa, no momento, de uma especulação entre tantas, declarando, precipitada e acientificamente, que se trata de consenso indiscutível. Para completar, demonizam ou isolam quem quer que levante a menor objeção.

Mas, como não faltam mais aqueles que estão devidamente habituados a/e vacinados contra seu terrorismo conceitual (e, não raro, seu terrorismo propriamente dito), o fato é que, se submetidas aos processos decisórios normais de uma democracia, as medidas que eles reivindicam para combater tais males imaginários jamais seriam referendadas pelo grosso do eleitorado. Aí entram milionários como George Soros, companhias preocupadas com o efeito da propaganda negativa, firmas interessadas em vender produtos ecologicamente corretos, economias estagnadas que vêem nessa medida uma maneira de prejudicar as que andam a pleno vapor, países, ou antes, governos e elites do Terceiro Mundo aos quais se promete certa vantagem financeira em troca de apoio e assim por diante.

Um exemplo ajuda: pouco antes de deixar a presidência dos EUA para se tornar uma presença requisitada em Davos e lobbista internacional, Bill Clinton assinou o Protocolo de Kyoto. Por que é que só o fez então? Porque sabia que o documento não tinha a menor chance de passar pelo Senado. Embora seu gesto fosse, como tal, inútil, este aumentava sua popularidade entre o jet-set internacional em detrimento, é claro, da imagem de seu país. E isso apesar de sabermos que Kyoto era praticamente inútil, que as nações mais vocalmente empenhadas em seu sucesso têm sido as que mais longe ficaram das metas propostas.

A preocupação exacerbada com o clima e o meio ambiente, coisas cujo funcionamento se conhece pouco e mal, já resultaria em problemas imediatos, pois, para a parcela miserável da humanidade, dificulta cada vez mais a superação de seu estado. O que a faz ainda pior é o fato de que seja usada para encobrir ou eclipsar as questões verdadeiramente urgentes, os perigos autênticos que nos rondam: fanatismo religioso e conflitos interétnicos, terrorismo e banditismo internacionais, contrabando de armas e narcotráfico, migrações descontroladas, ditaduras genocidas em vias de adquirir armamentos nucleares. Nada disso, porém, desviará a atenção de milhares ou milhões de militantes que, como os adeptos de qualquer seita, são movidos por dois desejos prazerosos, a saber, o de policiar a vida alheia e o de punir o sucesso de sociedades inteiras que não comungam de sua fé apocalíptica.

quinta-feira, 20 de março de 2008

safadinhas


Duas amigas casadas, na volta de uma balada, totalmente bêbadas sentiram uma vontade enorme de fazer xixi. Apavoradas e sem alternativa, pararam o carro e decidiram mijar no cemitério.
A primeira foi, se aliviou e então lembrou que não tinha nada para se secar, pegou a calcinha, secou-se e jogou a calcinha fora.
A segunda, tbm não tinha nada para se secar e pensou...
"Eu não vou jogar fora esta calcinha caríssima e linda", então pegou a fita de uma coroa de flores que estava em cima de um túmulo e se secou.
No dia seguinte um dos maridos ligou pro outro e disse:
- Minha mulher chegou em casa ontem bêbada e sem calcinha... terminei o casamento !
o outro disse:
- Vc tem sorte, a minha chegou em casa bêbada e com uma faixa presa na bunda com a seguinte inscrição:
-""JAMAIS TE ESQUECEREMOS- WAGNER, MOISES, RICARDO E TODA TURMA DA FACULDADE""
Enchi ela de porrada!

Vestindo pensamentos II

quarta-feira, 19 de março de 2008

Dema... Gogy! Dady! Dady!

Vai transar?
O governo dá camisinha!

Já transou?
O governo dá a pílula do dia seguinte!

Engravidou?
O governo dá o aborto!

Teve filho?
O governo dá o Bolsa Família!

Tá desempregado?
O governo dá Bolsa Desemprego!

Vai prestar vestibular?
O governo dá o Bolsa Cota!

Não tem terra?
O governo dá o Bolsa Invasão e ainda te aposenta!

Mas experimenta estudar e andar na linha pra ver o que é que te acontece!

ilusão, logro, burla, engano...

A nova Odisséia de Sir Arthur Clarke



O escritor e inventor britânico de ficção científica Arthur C. Clarke, autor de 2001: Uma Odisséia no Espaço, morreu ontem, aos 90 anos, em sua casa na cidade de Colombo, capital do Sri Lanka.

Para celebrar sua "90ª órbita do sol", em dezembro, o autor e teorista fez três desejos na ocasião:

Três desejos
"Se me fosse permitido fazer apenas três desejos, eu gostaria de ver alguma evidência de vida extraterrestre. Sempre acreditei que não estamos sozinhos no universo, mas ainda aguardamos que um ET venha nos visitar ou nos deixar algum tipo de sinal", disse Clark em vídeo publicado na Internet.

"Em segundo lugar, eu gostaria que nos livrássemos de nossa atual dependência do petróleo e adotássemos fontes de energia limpas", acrescentou. E finalmente: "Vivo no Sri Lanka há mais de 50 anos, e durante metade desse tempo tenho sido uma testemunha entristecida de um conflito amargo que divide meu país adotivo. Eu desejaria ardentemente ver uma paz duradoura no Sri Lanka o quanto antes", disse o autor ao completar sua 90ª órbita ao redor do sol.
Em 1956 mudou-se para Colombo, no Sri Lanka. Fascinado por ficção científica, ele escreveu A Sentinela, conto que deu origem ao filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, dirigido por Stanley Kubrick e lançado em 1968Clarke sofria de problemas respiratórios e lutava contra a síndrome de pós-pólio desde 1960. Às vezes, precisava do auxílio de uma cadeira de rodas. Movido por sua paixão por mergulho, o escritor se mudou para o Sri Lanka em 1956. Clarke dizia que quando mergulhava, ele se sentia leve, como no espaço. "Sou perfeitamente operacional quando estou submerso", ele declarou.

Outra de suas histórias que foi adaptada para o cinema foi 2010: O ano em que faremos contato, de Peter Hyams, em 1984. Em homenagem ao escritor e sua paixão pela ficção, um asteróide foi batizado com o seu nome.

Inventor, Clarke também vinha trabalhando com a idéia de um "elevador espacial". "A era de ouro do espaço está só começando", previu o autor.

"Nos próximos 50 anos, milhares de pessoas vão viajar para a órbita da Terra, e então para a Lua e além. As viagens espaciais e o turismo espacial um dia se tornarão quase tão comuns quanto voar para destinos exóticos no nosso planeta.", afirmou à agência Reuters, em entrevista.

Veja algumas obras de Arthur C. Clarke:
Areias de Marte
Ilhas no Céu
O Fim da Infância
2001: Uma Odisséia no Espaço
2010: Uma Odisséia no Espaço
2061: Uma Odisséia no Espaço 3
3001: A Odisséia Final
Encontro com Rama
O Enigma de Rama
O Jardim de Rama
A Revelação de Rama
Terra Imperial
Náufragos da Lua
As Canções da Terra Distante
As Fontes do Paraíso
O Berço dos Super-Humanos
A Cidade e as Estrelas
O Martelo de Deus A Sentinela
A Estrela
A muralha das Trevas

terça-feira, 18 de março de 2008

A vingança Pró Ativa


Toca o celular...

- Alô.
- Alô, Senhor Guilherme?
- Sim.
- Sr. Guilherme, aqui é da Oi, estamos ligando para oferecer a
promoção Oi 1.382 minutos, onde o Sr. tem direito...
- Desculpe - interrompo, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da Oi, e estamos ligando...
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de
conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- ... bem, pode.
- Vc trabalha em que área, na Oi?
- Telemarketing Pró Ativo.
- VC tem número de matrícula na Oi?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da Oi.
- Mas posso garantir...
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a Oi.
- Minha matrícula é 6696969.
- Só um momento enquanto verifico.
- ...
(Dois minutos)
- Só mais um momento.
- ...
(Cinco minutos)
- Senhor?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor...
- Pronto, Rosicleide, obrigado por haver aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da Oi, estamos ligando para oferecer a promoção Oi 1382 minutos, onde o Sr. tem direito a falar 1.300 minutos e ganha 82 minutos de graça, além de poder enviar 372 OiTorpedos totalmente grátis. O senhor está interessado, Sr. Guilherme?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, porque é ela que decide sobre alteração de planos de telefones celulares. Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.
Coloco o celular em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no Repeat e vou para o bar tomar uma cervejinha.

Vestindo Pensamentos IV

BOAS DE ADVOGADOS



Estas são piadas retiradas do livro "Desordem no tribunal". São coisas que as pessoas realmente disseram, e que foram transcritas textualmente pelos meirinhos, que tiveram que permanecer calmos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente.

Pergunta: Qual é a data do seu nascimento?
Resposta: 15 de julho.
P: Que ano?
R: Todo ano.
_______________________________________________
P: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
R: Sim.
P: E de que modo ela afeta sua memória?
R: Eu esqueço das coisas.
P: Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
_______________________________

P: Que idade tem seu filho?
R: 38 ou 35, não me lembro.
P: Há quanto tempo ele mora com você?
R: Há 45 anos.
_______________________________________________

P: Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou naquela manhã?
R Ele disse, "Aonde estou, Betty?"
P: E por que você se aborreceu?
R: Meu nome é Susan.
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P: Me diga, doutor... não é verdade que, ao morrer no sono, a pessoa
só saberá que morreu na manhã seguinte?
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P: Seu filho mais novo, o de 20 anos...
R: Sim.
P: Que idade ele tem?
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P: Sobre esta foto sua... o senhor estava presente quando ela foi tirada?
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P: Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto?
R: Sim, foi.
P: E o que você estava fazendo nesse dia?
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P: Ela tinha 3 filhos, certo?
R: Certo.
P: Quantos eram meninos?
R: Nenhum.
P: E quantas eram meninas?
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P: Sr. Wilson, por que acabou seu primeiro casamento?
R: Por morte do cônjuge.
P: E por morte de que cônjuge ele acabou?
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P: Poderia descrever o suspeito?
R: Ele tinha estatura mediana e usava barba.
P: E era um homem ou uma mulher?
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P: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
R: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...
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P: Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, ok? Que escola você freqüenta?
R: Oral.
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P: Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vítima, o sr. Dennis?
R: Sim, a autópsia começou às 20:30.
P: E o sr. Dennis já estava morto a essa hora?
R: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele.
_______________________________
P: O senhor está qualificado para nos fornecer uma amostra de urina?
________________________________

P: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
R: Não.
P: O senhor checou a pressão arterial?
R: Não.
P: O senhor checou a respiração?
R: Não.
P: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia
começou?
R: Não.
P: Como o senhor pode ter essa certeza?
R: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
P: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
R: Sim, é possível que ele estivesse vivo e exercendo Direito em algum lugar!

CAVALOS: A VIAGEM DA MORTE

Óleo s/tela 20X40cm

Enviado por Mariza Passos

 É preciso uma certa sofisticação moral para entender que animais têm direitos!
 
Infelizmente, muitas pessoas foram educadas dentro de uma limitação de consciência onde animais não tem vez nem voz. Para essas pessoas, animais não são seres vivos, cujo interesse básico é o de apenas viver. Para essas pessoas, animais são como pedras e cadeiras, cujo sofrimento não lhes causa nenhuma empatia. Para essas pessoas, chutar um cão é como chutar uma pedra. Comprar e vender um gato é como comprar e vender cadeiras. Comer a carne de um animal que um dia teve um coração que batia é a mesma coisa que comer pipoca na frente da TV.
Cortar um animal para fins de vivisseção é a mesma coisa que cortar uma folha de papel.
No entanto, nada mais justifica, hoje em dia, tamanha indiferença e insensibilidade em relação aos animais. Quem ler a reportagem abaixo e ainda assim permanecer indiferente, é porque ainda lhe falta essa "sofisticação moral" mencionada acima.
Muito mais que sofisticação moral, falta aquilo que deveria se inerente ao ser humano, aquilo que nos faz verdadeiramente humanos: a compaixão e a solidariedade, que deveriam ser sentimentos que brotam naturalmente diante do sofrimento alheio, seja de humanos, seja de animais. O bem que desejamos para nossa própria espécie não deveria excluir o bem para aquelas que, diante de nossa suposta superioridade, são totalmente indefesas e vulneráveis, ou seja, os animais não-humanos.

 CAVALOS: A VIAGEM DA MORTE


Não é preciso entender italiano para entender o que o vídeo mostra.

http://mediacenter.corriere.it/MediaCenter/action/player?uuid=0886f9f4-d952-11dc-8c3c-0003ba99c667

Os cavalos são oriundos da Espanha e transportados até a Itália, o
país que mais consome carne de cavalo em todo o mundo. São 2000 mil
quilômetros que podem durar até 36 horas sem parada, sem descanso, com
pouca água e praticamente nenhuma comida. Acostumados a pastarem
livres nas colinas da Catalunha, são obrigados a fazer uma viagem dentro de um pequeno caminhão onde não há nenhum espaço para se deitar.
O sofrimento a que os cavalos são submetidos é inaceitável e todos
temos o dever moral de fazer algo por tais criaturas de espírito livre.
 
CARNE DE CAVALO É CRUELDADE.

Nós, como ativistas pelos direitos animais, entendemos que nenhum
animal deva ser submetido a tanta crueldade por uma falsa necessidade de se comer carne.

REPASSE ESSE VÍDEO PARA O MAIOR NUMERO DE PESSOAS.

Reportagem completa em italiano:

http://www.corriere.it/animali/08_febbraio_12/trasporto_cavalli_italia_spagna_f98b81f0-d946-11dc-8c3c-0003ba99c667.shtml

 LEIA O TEXTO:
 
Cavalos - vida e morte repletos de sofrimento
PAULA BRUGGER

"O Brasil é o 5º maior exportador mundial de carne de cavalo e tem a
2ª maior tropa eqüina do mundo, com 5,9 milhões de cabeças. Em 2005, o
Brasil exportou US$ 64,1 milhões em carne eqüina para países como
Bélgica, Holanda, Itália, Japão, França, Austrália e Finlândia.
Embarcada sob a forma de enlatados, a carne serve ao consumo de
animais domésticos, mas também são produzidos cortes especiais para
consumo humano. Há, no Brasil, sete grandes abatedouros exclusivos de
cavalos, todos multinacionais. A indústria frigorífica movimenta R$ 80
milhões no país e emprega mil pessoas". Essa notícia, publicada no
jornal Valor Econômico (1), nos dá um bom panorama da indústria da
carne de cavalo no Brasil e é oportuna para abrir a discussão sobre o tema.

MATADOUROS DE CAVALOS E OUTRAS ATROCIDADES.

Há alguns anos a imprensa noticiou a crueldade presente em alguns
matadouros de cavalos, causando comoção nacional: 12 horas antes do
abate eles eram privados de água e alimento, para amaciar a carne;
eram conduzidos molhados a um corredor e dali tangidos com choques
elétricos de 240 volts; a seguir tomavam uma pancada na cabeça e
tinham suas patas cortadas com machado, tesoura grande ou serra, de
forma a esgotar todo o sangue. Os animais, ainda vivos e com esses
ferimentos terríveis, eram colocados em uma estufa para suar e com
isso eliminar o "mal educado" cheiro de cavalo de sua carne (2).
Imagens que respaldam, pelo menos em parte, tais denúncias aparecem no
documentário "Vida de cavalo", do Instituto Nina Rosa, e na Internet
(3).
Durante quase duas semanas essas imagens horrendas povoaram os
pesadelos de muitos de nós, o que nos levou a entrar em contato por
e-mail com um desses abatedouros. O teor dos três e-mails enviados, o
primeiro em 08 de março desse ano, foi o seguinte: "Gostaríamos de
saber a procedência da carne dos eqüídeos que são abatidos (por
exemplo, são criados para este fim ou são provenientes de veículos de
tração animal, fazendas, equitação, etc) e qual método é usado no
abate - sobretudo o processo de insensibilização?"; Até o momento não
houve resposta.
Tudo isso só aumenta a nossa angústia, pois a lei nº 7.291, de
19/12/1984, que regulamenta as atividades da eqüideocultura no Brasil,
tampouco é esclarecedora no que tange ao abate (capítulo V). Seus dois
artigos - baseados numa razão totalmente instrumental e
antropocêntrica - limitam-se tão-somente a assegurar o máximo proveito
dos produtos que resultam do abate dos pobres animais, tais como
fiscalização para garantir a qualidade da carne, em termos sanitários,
e a não extinção dos rebanhos. Não há preocupação alguma com os
animais, nem sequer quanto ao bem-estar.
 
Outros assassinatos de eqüídeos ocorrem em nosso país e no resto do
mundo. Um caso triste e bem conhecido é o dos cavalos selvagens de
Dartmoor e New Forest, no Reino Unido. Mas não precisamos ir longe. Em
2003 centenas de jegues foram mortos em Quixeramobim, no estado do
Ceará, a golpes de pá, porque sua grande população estava supostamente
atrapalhando o trânsito nas estradas. Esses indefesos animais, que por longo tempo foram úteis bestas de carga, são agora eliminados como objetos obsoletos, mortos de uma forma cruel que prioriza soluções de baixo custo em detrimento de um mínimo de bem-estar para os animais.
Os jegues também são abatidos para virar comida.

Se a própria lei é omissa no que tange à forma como os animais devem
ser abatidos em estabelecimentos oficiais ( embora isso não os isente
de observância à lei 9.605/98 e ao artigo 225 da Constituição), o que
esperar de matadouros clandestinos? Em uma operação realizada pelo
Ministério Público e outras instituições (em 23/09/05), foram
apreendidos cerca de 500 kg de carne de cavalo proveniente de um
matadouro em Bicas - MG, no qual duas agendas com diversos nomes e
endereços de restaurantes de Juiz de Fora foram encontradas. Durante a
fiscalização em um deles, foram achados 3 kg de carne moída com as
mesmas características do produto que estava no matadouro (4).

Como morrem os animais, em lugares assim? De uma forma ou de outra, os
animais que abatemos para consumo imploram por suas vidas nos
corredores da morte, seja em relativo silêncio, ou fazendo uso de suas
vozes, de suas formas de expressão: relinchos, grunhidos, cacarejos.
Raramente alguém pensa que, em sua condição de seres sencientes, os
animais experimentam basicamente as mesmas emoções que nós, tais como
ansiedade, angústia e mesmo pavor.
 
Talvez seja até pior para eles, pois é possível que seus órgãos dos
sentidos, mais refinados que os nossos em muitos aspectos, lhes dêem
uma noção ainda mais aterradora sobre seu imediato porvir. Eles não
entendem porque isso - uma morte cruel - lhes sucede. E talvez se
perguntem: O que está acontecendo? E por quê?


Paula Brügger
é professora do Departamento de Ecologia e Zoologia da
Universidade Federal de Santa Catarina. É graduada em Ciências
Biológicas com especialização em Hidroecologia, Mestra em Educação e
Doutora em "Sociedade e Meio Ambiente". Atua na defesa dos animais e
do meio ambiente e auxiliou diversas vezes o Ministério Público
Federal na luta contra projetos de pseudo desenvolvimento que promovem
exclusão social e a destruição da natureza. É autora dos livros
"Educação ou adestramento ambiental?", em 3ª edição, e "Amigo Animal
- reflexões interdisciplinares sobre educação e meio ambiente:
animais, ética, dieta, saúde, paradigmas. Coordena o projeto de
educação ambiental "Amigo Animal", oferecido para escolas das redes
municipal como tema transversal. Coordena o Dep. De Meio Ambiente da
Sociedade Vegetariana Brasileira.

(1) Valor Econômico; 19/07/06; veja também "Na mesa, o bife de
cavalo"; O Globo – RJ; 19/10/2005)
(2): (http://quatropatasecia.chbr.net/p/informativo/informacoes/holocausto.htm)
(3): http://www.floraisecia.com.br. Clicar em Rildo Silveira Ppss –"matadouros de cavalos".
(4): "Carne de cavalo foi vendida a restaurantes de JF";
www.acessa.com; (23/09/05)

 

Leia, antes dos comunistas chineses acabar com o Tibet


Budismo Tibetano - Porque meditar

Enviado por: "Sabina Vanderlei" sabinavanderlei@gmail.com   sabinavanderlei


O budismo tibetano tem desenvolvido um sistema filosófico e meditacional próprio, dentro de uma tradição milenar que se ampliou na Índia antiga como Buda Shakyamuni, cerca de 2600 anos atrás e que foi passada secretamente (linguagem soçobrada) de Mestre a Discípulo de forma exclusivamente oral, gestual (mudras) e meditativa (tântrica).

Tal conhecimento, portanto, mesmo que esteja muito parcialmente disseminado em livros, carece da explicação dos Mestres e do desenvolvimento orientado para a sutileza mental que se deve adquirir em contato com estes Mestres, sem a qual, estes textos tornam-se de muito difícil ou quase impossível compreensão (herméticos).

Os tantras, como desde então são conhecidos, tem como base a meditação, mas não apenas a meditação e estão para além de qualquer explicação racional ou entendimento da mente dual, tendo sido passados a alguns discípulos escolhidos do Buda pelo próprio Buda, secretamente, em linhagem que se mantém ininterrupta, e que perdura até os dias atuais, com o propósito de levar o ser humano à liberação do sofrimento e ao atingimento do estado de Buda (iluminação) de maneira rápida - em apenas alguns renascimentos, ou mesmo em apenas uma vida, para os Discípulos dotados de extraordinária habilidade e perseverança.

De tal forma que, cada Mestre tântrico devidamente qualificado da linhagem conhece toda a sua linhagem anterior até o Buda Shakuyamuni e é capaz de enumerá-la sem erro.
Tal estado mental, ao ser atingido, faz cessar todo o karma e os subseqüentes sofrimentos ocasionados pela roda de renascimentos, dotando o ser do controle sobre tais fatores, como a escolha de onde, como e quando renascer, que o ser humano comum não possui.

Tais Mestres costumam predizer onde, quando e como irão renascer e isso é confirmado em testes severos e sem margem de erro, presenciados por muitas pessoas simultaneamente.

A característica principal desta linhagem é que ela nunca foi quebrada ao longo de todos estes milênios, e assim, não é produto de apenas um homem ou indivíduo isolado, mas de sociedades inteiras ( da Índia antiga, Tibet e anteriores ) por milhares de anos engajadas em atingir a iluminação pelos métodos meditacionais e tântricos.

Trata-se do mais alto entendimento sobre a vida e a morte, o karma e os renascimentos, capaz de liberar o homem destes grilhões, possibilitando que venha a escolher onde e quando renascer, produto final da elaboração filosófica e meditacional de milhões de seres altamente filosóficos, em uma cadeia contínua de conhecimento secreta por milhares de anos, sem interrupção por guerras ou catástrofes naturais e que só agora, após a invasão do Tibet pelos chineses, na década de 50, chega plenamente ao Ocidente através de seus Mestres ou Gurús.

Estes seres estudaram cuidadosamente a produção dos sonhos, a consciência do acordar nos sonhos, sua relação com a morte e demais estados meditativos. Estudaram também todos os tipos de yogas, ciências médicas e astrológicas e filosofias antigas imagináveis.
Além disso, muitos destes Mestres costumavam morrer narrando tudo o que lhes acontecia, até onde fosse possível, desenvolveu-se assim um extensíssimo conhecimento sobre o sofrimento e a dor, sua supressão, e sobre os estados próximos da morte, após a morte e sobre o renascimento.

E digno de nota, que em quase nenhuma parte do mundo na história, ocorreu esta continuidade de desenvolvimento mental pacífico a não ser no Tibet, preservado por seu clima gélido e pela natureza pacífica de seus habitantes, por milhares de anos.

Em outros locais as guerras jamais permitiram tal continuidade.
Milhares de anos de paz quase ininterrupta, tornaram possível e conduziram ao pleno desabrochar desta vertente tântrica do Buda.

Tal como ocorre com o conhecimento científico atual, um só homem isoladamente não poderia ser dotado desta visão todo abrangente a não ser que fosse um homem extraordinariamente dotado e pudesse romper as malhas da dualidade mental.

O budismo tibetano tem desenvolvido um sistema filosófico e meditacional próprio, dentro de uma tradição milenar que se ampliou na Índia antiga com o Buda Shakyamuni, cerca de 2600 anos atrás e que foi passada secretamente (linguagem sussurrada) de Mestre a Discípulo de forma exclusivamente oral, gestual e meditativa (tântrica).

Tal conhecimento, portanto, mesmo que esteja parcialmente disseminado em livros, carece da explicação e contato direto com os Mestres qualificados e do desenvolvimento orientado da sutileza mental que se adquire em contato com estes Mestres, sem a qual, torna-se de muito difícil ou quase impossível compreensão (hermético).

Além disso, existe a passagem em algum ponto da mente do Mestre para a do Discípulo diretamente, "abrindo " o seu conhecimento ao absoluto, o que é conhecido como Dzogchen e/ou Mahamudra, fato desconhecido pela ciência atual, mas muito conhecido pelos tibetanos e habitantes da índia antiga.
Tal tradição permanece muito viva nos dias de hoje. Os tantras, como desde então são conhecidos, tem como base a meditação, mas não apenas a meditação, e estão para além de qualquer explicação racional ou entendimento dual, tendo sido passados a alguns discípulos escolhidos do Buda pelo próprio Buda, secretamente, em linhagem que se mantém ininterrupta, e que perdura até os dias atuais, com o propósito de levar o ser humano à liberação do sofrimento e ao atingimento do estado de Buda (iluminação ) de maneira rápida - em apenas algumas encarnações, ou mesmo em apenas uma vida, para os Discípulos dotados de extraordinária habilidade e perseverança.
De tal forma que, cada Mestre tântrico devidamente qualificado conhece toda a sua linhagem anterior até o Buda Shakuyamuni e é capaz de enumerá-la sem erro.

Este estado mental, ao ser atingido, faz cessar todo o karma e os subseqüentes sofrimentos ocasionados pela roda de renascimentos, dotando o ser do controle sobre tais fatores, como a escolha de onde, como e quando renascer, que o ser humano comum não possui.
A característica principal desta linhagem é que ela nunca foi quebrada ao longo de todos estes milênios, e assim, não é produto de apenas um homem ou indivíduo isolado, mas de sociedades inteiras (Índia antiga, China,Tibet etc, e anteriores) por milhares de anos engajadas em atingir a iluminação pelos métodos meditacionais e tântricos.

Trata-se do mais alto entendimento sobre a vida e a morte, o karma e os renascimentos, capaz de liberar o homem destes grilhões, possibilitando que venha a escolher onde e quando renascer, produto da elaboração filosófica e meditacional de milhões de seres altamente filosóficos, em uma cadeia contínua de conhecimento secreta por milhares de anos, sem interrupção por guerras ou catástrofes naturais e que só após a invasão do Tibet pelos chineses, na década de 50, chegou plenamente ao Ocidente através de seus Mestres, Professores ou Gurús.
E digno de nota, que em quase nenhuma parte do mundo na história, entretanto, ocorreu esta continuidade de desenvolvimento pacífico milenar a não ser no Tibet, preservado por seu clima gélido e pela natureza pacifista de seus habitantes, por milhares de anos.

Mesmo na China e na Índia, inúmeras guerras devastaram a continuidade do conhecimento filosófico.
Estes milhares de anos de paz quase ininterrupta, no Tibet, é que tornaram possível e conduziram ao pleno desabrochar até hoje, desta vertente tântrica do Budismo.

Tal como ocorre com o conhecimento científico atual, um só homem isoladamente não o poderia concentrar todo em si.

Nem tampouco descobrir esta visão todo abrangente, a não ser que fosse um homem extraordinariamente dotado desde remotos nascimentos e que fosse ensinado por um destes, dado que as dificuldades para atingir tal caminho sozinho, o que requereu do Buda original milhões de anos e muitas vidas de treinamento e inúmeros sacrifícios ( inclusive do próprio corpo, muitas vezes repetidas) para ser atingido.


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A Ocupação Chinesa do Tibet
O Dalai Lama luta pela soberania e liberdade de sua nação. Mas será a realidade de um Tibet independente uma mera ilusão?

O Tibet, tendo sido invadido pela China, permanece sob ocupação chinesa há mais de 40 anos. O líder político e espiritual do Tibet, o Dalai Lama, foi exilado de seu país, mas continua lutando – de forma puramente pacífica – para libertar sua nação do domínio chinês. Apesar da ocupação chinesa, o povo tibetano faz grandes sacrifícios para preservar sua cultura e religião.
Clicando AQUI, você irá aprender sobre a ocupação chinesa do Tibet e sobre a luta do povo tibetano que almeja liberdade política e religiosa.

"A Invenção de Orfeu", de Jorge de Lima

O alagoano Jorge de Lima cumpriu um prodígio. Sua última obra, Invenção de Orfeu, publicada um ano antes de falecer, em 1952, até hoje é um enigma aos leitores e críticos, que se debatem em hipóteses e subterrâneos para entender seu longo poema de dez cantos. O escritor não facilitou o caminho para ninguém, criou um hipertexto lírico a inaugurar a pós-modernidade as trevas na poesia brasileira.

O desafio novamente está posto. A editora Record recoloca Invenção de Orfeu (430 páginas) nas prateleiras, depois da obra ficar vinte anos fora de catálogo. A resistência ao livro, ainda culto de iniciados, deve-se ao predomínio de uma crítica realista no Brasil, que enfatizou a cotidianização da linguagem e o apelo ao engajamento social e à compreensão estrutural da realidade. Jorge de Lima, adepto da transcendência, ficou de fora do panteão dos clássicos. Aliás, é de se preocupar o medo que a crítica tem de "Deus" na poesia. Parece que o ateísmo virou, de modo equivocado, sinônimo de boa literatura. Cecília Meireles somente agora está sendo redescoberta (graças inclusive à acurada leitura de Ítalo Morriconi em sua antologia de cem melhores poemas), Augusto Frederico Schmidt desapareceu completamente das livrarias, Murilo Mendes sobreviveu em função do experimentalismo de Convergência, mas pagou alto o preço de seu catolicismo e de seu projeto que buscava restaurar a poesia em Cristo, ao lado do próprio Jorge de Lima, seu parceiro do livro Tempo e Eternidade (1935). A tradição ibérica, barroca e religiosa foi catalogada como uma ramificação secundária quando, na verdade, é o tronco da literatura do país. Falsearam a história literária? É certo que o cânone seria outro, se uma produção inconsciente e mística tivesse chance de ser lida e discutida.

Jorge de Lima era considerado por Mário Faustino "um pequeno poeta maior", mas o "nosso único poeta maior". Invenção de Orfeu se constitui em o poema mais ambicioso da literatura brasileira, cosmogonia dotada dos mais altos vôos e das piores quedas. Magnus opus do autor ou fenomenologia do ser ("como conhecer as coisas, senão sendo-as"), relata a trajetória de um "barão assinalado, sem brasão, sem gume e fama" que relembra seus dias de aventura desde a fundação da ilha (metáfora do Brasil, arquipélago infernal onde permaneciam os heróis gregos) até o apocalipse final. O livro é um épico subjetivo, o que já era uma novidade na época. Pois todo épico pressupõe objetividade e Jorge de Lima não sustenta a linearidade, impregnando sua escrita de ecos, comparações, citações e uma trepidação nervosa que funde passado, presente e futuro no mesmo tom dramático. Não tem a segurança da narração, característica do épico, que tudo observa e julga, porém a insegurança de quem se descobre réu de sua história. Assim como não existe um tempo histórico, e sim um tempo ininterrupto de linguagem. Apesar do tema único, a obra não revela uma unidade. É um emaranhado de planos e interfaces, que ora se perfazem, ora se repelem. O manto lingüístico funciona como uma feitiçaria verbal, um fluxo de consciência, onde a "voz poética" não tem direito às censuras e mentiras, às fugas e evasões, vivendo um estado de permanente verdade, confissão e delírio febril. "Para unidade deste poema,/ ele vai durante a febre,/ ele se mescla e se amealha,/ e por vezes se devassa".

É pouco estudada a relação de Jorge de Lima pintor, premiado com menções no Salão Nacional de Belas Artes e na 1ª Bienal de São Paulo, com Jorge de Lima poeta. A natureza polifônica de Invenção de Orfeu talvez resida nesse cruzamento de técnicas. A pintura em pânico, seu álbum de fotomontagens de 1943, revela o processo de Invenção de Orfeu. A colagem é a marca de um trabalho surrealista que mistura o sagrado e o profano, o vulgar e a erudição, em camadas sobrepostas de oratória. Uma medusa que aponta para todos os lados. Longe de um texto hierárquico, denota uma poesia convulsionada, que esconde, distorce e deforma, rica em signos, símbolos e excertos de diversas fontes em uma viagem sem volta. O crítico capixaba Luiz Busatto teve a clarividência de exceção e desvendou parte do segredo da intertextualidade, em Montagem em Invenção de Orfeu (1978). Jorge de Lima parafraseia, sem aspas, e edita trechos inteiros da Divina Comédia, de Dante, do Paraíso perdido, de John Milton, d'Os Lusíadas, de Luís Camões, e de Eneida e Geórgicas, de Virgílio. Desenraiza as identidades dos fragmentos, altera o chassi e raspa a numeração. Invenção de Orfeu pode ser visto como um cemitério de carros roubados.

Tal palimpsesto e com um ímpeto de transgressão modernista, Jorge de Lima reescreve sobre um texto clássico, introduzindo pequenas diferenças e paralelos e espelhando cada vez mais o fundo. Mais do que se pôr de igual para igual com seus mestres, reencarna-os na glosa. Um exemplo é a quadra de um dos mais belos sonetos do livro: "A garupa da vaca era palustre e bela,/ uma penugem havia em seu queixo formoso;/ e na fronte lunada onde ardia uma estrela/ pairava um pensamento em constante repouso." O trecho remete à Geórgicas III, de Virgílio, em tradução de Antônio Feliciano de Castilho, em que a descrição da vaca igualmente começa com sua beleza e termina com seu repouso. E o pior, a vaca virgiliana apresenta a pedra-de-toque do verso: a "fronte lunada".

Lima não empregou impunemente essas paráfrases em sua corrente sanguínea. As apropriações têm um claro desejo e objetivo. Invenção de Orfeu almeja ser a história espiritual da poesia do Ocidente. É o poeta, todos poetas em um (Dante, Camões, Virgílio, Homero, Ovídio, John Donne, Rimbaud, Gerard Manley Hopkins), que está em julgamento. "Éramos graves, éramos poetas", no "reino unido das abelhas, solo de ouro". Daí "o inventário do verso", como caracterizou Mário Faustino, utilizando várias formas poéticas como oitavas clássicas, tercetos e sextinas. Entre os mistérios da morte e a efusão da infância, evoca os círculos do inferno e do paraíso, monstros e bestas, reinventa mitos como Inês de Castro. Poesia dentro de poesia, metalinguagem em estado puro. Um testamento coletivo, a biografia de uma fé. O poeta pede perdão em sua derradeira obra. Insinua que o verbo não salva, condena. O escritor seria um condenado. Invenção de Orfeu não é mesmo um épico, mas uma oração. Deus não escreve, tarefa confiada aos seus apóstolos. Somente Jorge de Lima poderia terminar seu livro com "Amém".

Nota do Editor
Fabrício Carpinejar é poeta, autor de sete livros: entre eles, Como no céu/Livro de visitas (2005), Cinco Marias (2004) e Caixa de Sapatos (2003). Este texto foi originalmente publicado no "Caderno Fim de Semana", da Gazeta Mercantil, e reproduzido aqui com sua autorização.

A embriaguez e o direito fundamental


Filósofo defende o direito de ficar bêbado
"A embriaguez é um direito humano fundamental", diz Javier Esteban

Por Víctor-M. Amela

Tenho 42 anos. Nasci e vivo em Madri.
Licenciado em Filosofia e Direito, dirijo a revista universitária "Geração XXI".
Sou casado e tenho duas filhas, Alma (10) e Sol (8). Sou um excêntrico de centro.
Sou sufi: caminho para onde caminha o amor. O poder combate a embriaguez.

A entrevista:

LV - O que é a embriaguez?
Esteban - Uma expansão da consciência que descortina os véus que ocultam a realidade.

LV - Desde quando ela existe?
Esteban - Desde sempre. Até os animais se drogam com substâncias naturais, com frutos fermentados... Formigas, cabras, pássaros, macacos... Todos se extasiam e brincam!

LV - Então nós somos como os animais?
Esteban - Não, eles agem por um determinismo instintivo, mas nós temos liberdade! Liberdade para a embriaguez. Liberdade para experimentar com a nossa consciência.

LV - Liberdade para nos drogarmos?
Esteban - É o uso dessa liberdade que nos torna humanos! O direito à embriaguez,portanto, é um direito humano fundamental. "Que ninguém venha me dizer quantos copos de vinho eu posso beber", disse Aznar. Ele tem razão. Mas com certeza a droga favorita dele é o poder, como a de Zapatero...
Esteban me contou que uma experiência lisérgica na mata lhe revelou que os pássaros e as abelhas trançavam, em uníssono, uma dança que escrevia no ar a expressão árabe Ilaha Ilalah (não há mais realidade além da realidade). Caídos os véus, a realidade era uma plenitude na qual não havia diferença
entre ele e o mundo, uma experiência de simplicidade amorosa.
Depois disso, Javier Esteban escreveu "O Direito à Embriaguez" ('El derecho a la ebriedad', Editora Amargord), um panfleto em defesa do direito que as legislações feitas durante o século 20 consideram um perigo. Esteban insiste:
"Não defendo as drogas, mas sim o arroubo, o êxtase, a embriaguez a que toda consciência tem direito".
Esse estado ao que o místico chega sem precisar de nenhuma droga.

MÍSTICOS

LV - Nem Zapatero nem Rajoy nunca fumaram nem um baseado, conforme declararam.
Esteban - Por uma questão de geração, custa-me crer que Zapatero nunca tenha experimentado um baseado. É como se o pai dele nunca tivesse provado um copo de vinho!

LV - Quem é que coíbe o direito humano à embriaguez, em sua opinião?
Esteban - A Igreja católica e o Estado (igreja laica), que querem fiscalizar a nossa consciência.

LV - Castigando os motoristas bêbados?
Esteban - Não, eu não me oponho a sancionar as condutas que são perigosaspara terceiros. Mas critico o fato de que estão boicotando o autocontrole que temos de nossa consciência.

LV - Desde quando isso acontece?
Esteban - Começou com a destruição do templo grego de Eleusis, no século 4 d.C.

LV - Agora você foi longe!
Esteban - Desde o ano de 1.500 a.C., no contexto dos mistérios eleusinos, acontecia um ritual de embriaguez que cada grego vivia uma vez na vida, e isso lhes abria as portas da consciência.

LV - Em que consistiam esses mistérios?
Esteban - Eram rituais que aconteciam à noite. Em comunhão coletiva, eles ingeriam um enteógeno.

LV - O que é um enteógeno?
Esteban - A palavra significa "deus existe dentro de mim".
É uma substância psicoativa capaz de induzir a uma experiência extática de unidade com o cosmos. Uma vivência da divindade.

LV - Que substância era ingerida em Eleusis?
Esteban - Uma sopa de cereal chamada "kikeon", que continha cornelho de centeio, um fungo com uma substância psicoativa idêntica ao LSD, o enteógeno mais poderoso conhecido.

LV - O que acontecia então?
Esteban - Cada um vivia a sua própria experiência de consciência expandida.
Símbolos eram mostrados e cenas eram representadas para guiar o indivíduo ao autoconhecimento.

LV - Era uma embriaguez ritualizada?
Esteban - Sim, fazia parte do sistema, em benefício da livre consciência decada indivíduo. Isso foi varrido, destruído. Hoje sentimos falta disso, e nossos jovens, ignorantes, acabam causando danos a si mesmos em suas
irrefreáveis tentativas de embriaguez.

LV - Quem destruiu esse ritual?
Esteban - Os bárbaros e os monges cristãos nestorianos, no século 4 d.C. A cultura ocidental ficou sem referência de embriaguez.

LV - Temos o vinho, o álcool...
Esteban - Não são enteógenos, são muletas úteis para nossas vidas insatisfatórias, escravizadas pelo rendimento econômico. E, em vez de expandir a consciência, a deixam turva.

LV - Um pouco de álcool pode cair muito bem.
Esteban - A verdade é que o veneno está na dose, como diziam os gregos.

LV - Que personagens ilustres sabiam disso?
Esteban - Toda a obra de Platão é uma crônica de embriaguez!
Aqueles filósofos, assim como os xamãs, chegavam ao êxtase, assim também como os druidas e depois as bruxas, ou até mesmo os místicos, ébrios sem substâncias, que tanto inquietaram a Igreja.
O poder estabelecido sempre combateu essas pessoas!

LV - Por que motivo?
Esteban - Não há nada mais dissolvente que o livre acesso à própria consciência! Por isso Nixon arremeteu contra os profetas do LSD (Hoffman, Junger, Michaux, Wason, Huxley, Kesey, Leary...), cujas experiências alimentaram o feminismo, a militância ecológica, o pacifismo, os direitos civis... Nixon declarou guerra à consciência: quando começou a guerra contra a droga, começou a grande catástrofe.

LV - Que catástrofe?
Esteban - Milhões de presos, dezenas de milhares de mortos, narcoditaduras, a terceira maior fonte de renda do mercado negro no mundo, camponeses com fome, multiplicação de politoxicomanias... A proibição da droga foi o maior erro do século 20!

LV - Você propõe eliminar a proibição?
Esteban - Por acaso a proibição evitou que nossas crianças estejam se metendo com drogas aos 13 anos de idade? Não! Pelo contrário: a proibição presenteia as máfias com um poder imenso.

LV - Um político colombiano já me disse isso...
Esteban - Muitos governantes já reconhecem o fracasso da praga proibicionista.

LV - Você faz a apologia das drogas?
Esteban - Das drogas não, mas da embriaguez. Qualquer pessoa maior de idade deveria poder consumir qualquer substância (com o limite único da liberdade de terceiros). E, veja só, Silicon Valley nasceu da embriaguez de pessoas como Bill Gates. Este sim admite que fumou alguns baseados!

LV - O que você diria a Zapatero?
Esteban - Que o direito à embriaguez é um direito inerente à liberdade de consciência, e que a lei deveria protegê-lo.

Cuidado com os advogados


Amit era um alto funcionário da corte do Rei Akbar.

Há muito tempo, nutria um desejo incontrolável de chupar os
voluptuosos seios da rainha até se fartar.

Todas as vezes que tentou, porém, deu-se mal. Um dia, ele revelou seu
desejo a Birbal, principal conselheiro e advogado do Rei, e pediu que
ele fizesse algo para ajudá-lo.

Birbal, depois de muito pensar, concordou, sob a condição de Amit lhe
pagar mil moedas de ouro, e ele aceitou o acordo.

No dia seguinte, Birbal preparou um líquido que causava comichões e
derramou no sutiã da rainha, que o deixara fora enquanto tomava banho.
Logo a coceira começou e aumentou de intensidade, deixando o rei
preocupado.

Médicos de todo o reino foram chamados, mas nada resolveu. Birbal
então disse ao Rei que apenas uma saliva especial, se aplicada por
quatro horas, curaria aquela espécie de coceira. Birbal também disse
que essa saliva só poderia ser encontrada na boca de Amit.

O Rei Akbar ficou muito feliz e então chamou Amit e ordenou-lhe o ato,
sob pena de que, se não o fizesse, seria decaptado.

Então pelas quatro horas seguintes Amit fartou-se em chupar à vontade
os suculentos e deliciosos peitões da rainha. Lambendo, mordendo,
apertando e passando a mão, fazendo o que sempre desejou.

Satisfeito, ele se encontrou depois com o advogado Birbal que queria
receber os honorários combinados. Com seu desejo plenamente realizado
e sua libido Satisfeita, Amit se recusou a pagar ao advogado e, ainda
por cima, o escorraçou e zombou de sua cara, pois sabia que, Birbal
nunca poderia contar o fato ao rei.

Mas Amit havia subestimado o Advogado Birbal.

No dia seguinte, por vingança, Birbal colocou o mesmo líquido na cueca do rei.

Moral da História : Você pode ficar devendo pro mundo inteiro, até pro
capeta! Mas nunca, nunca mesmo, pense em dever para um Advogado.

Vestindo Pensamentos IX

Diário de uma doméstica


Hoje de manhã eu fui à feira. Antes de sair, meu patrão me pediu para eu
trazer figo. Aí eu perguntei:
- Figo fruta ou bife de figo?
- O home ficou uma fera.

Gente fina, seu Adamastor, num ligo não.
Ele tem sistema nervoso. Também, com um emprego chato daqueles, vou te contar.
Ele é Fiscal da Receita. Deve ser um saco ficar conferindo receita de médico o dia inteiro.

Depois chegou o Adamastorzinho, o filho mais novo deles. Acabou de ganhar um carro todo equipado. Tem roda de maionese, farol de pilha, teto ensolarado e trio elétrico.
Não sei por que trio elétrico num carro deve ser porque ele gosta de música
baiana.

Ingrato esse Adamastorzinho.
Fiz a comida preferida dele e ele ainda me chamou de burra.
Eu disse a ele, toda boba, quando ele chegou:
- Adamastorzinho, adivinha a comida que eu fiz pra você?
- Qual Dircinéia?
- Começa com 'i'...
- I???
- É, iiiiiii!!!
- IIIII, num sei
- Pensa: iiiiiiiii...
- Huuuummm, desisto.
- Istrogonofi!!!

Aproveitando a ausência dos patrões, Dircinéia pega o telefone e fofoca com a amiga Craudete:
- Cê num sabe da úrtima? Eu discubri que aqui nessa mansão que eu trabaio é tudo fachada!
- Como assim, Dircinéia ? - pergunta a colega, confusa.
- Nada aqui é dos patrão ! Tudo é imprestado ! TUDO! Cê cridita numa coisa dessas ?
Óia só: a rôpa que o patrão usa é dum tal de Armani... a gravata é dum tal de Perre Cardine... os moveis são do tal Luis
quinzi, o carro é de uma tal de mercedes... nadica de nada é deles.
- Nooooossa, que pobreza!
- E além de pobre, eles são muito ixibidos, magina que ôtro dia eu escutei o 'patrão no telefone falano que tinha um Picasso
- E num tem?
- Que nada, fia... é piquinininho de dá dó!

SUA ALTEZA, O GATO

  • Quem mata um gato tem sete anos de atraso.
  • Solteiro que pisar rabo de gato não casa nos primeiros doze meses.
  • Gato transmite asma.
  • Engasgado, anuncia fome.
  • Gato preto é agouro ou felicidade.
  • Sendo de casa, para ele convergem os malefícios e deixa a família em paz.
  • Sendo estranho, está trazendo as desgraças alheias.
Assim pensam na Europa. Carlos I de Inglaterra tinha um gato preto como amuleto. Morreu o gato e o rei exclamou: - My luck is gone! E era verdade. It had. Next day he was arrested, informa Mr. Radford.
O barão do Rio Branco não os podia ver. Não há animal que tenha o maior número de suspeitas que o gato, companheiro amável ou hóspede intruso e detestado, também merecedor dos maiores elogios em prosa e verso de que existe notícia na espécie. Pintado pelos mestres, esculpido pelos grandes, imóvel em porcelana, marfim, ouro, prata, tornado amuleto, passeando nas pulseiras, colares, brincos, broches femininos, é modelo de uma Histoire des Chats (Paris, 1727), de Paradis de Moncrif, da Academia Francesa. A senhora Christabel Aberconway publicou (Londres, 1949), o A Dictionary of a Cats Lovers, com mais de duzentas biografias de amigos do felino, célebres em letras, artes, política, armas, economia. Cita apenas os mortos. Entre os vivos estavam Colette, La Gata, e o poeta T. S. Eliot, autor do Old Possun Book of Practical Cat. Félix Pacheco, Baudelaire e os Gatos (Rio de Janeiro, 1934), compendiara muita notícia literária sobre o assunto.
Tivemos mesmo uma famosa polêmica entre o brasileiro Tobias Monteiro, pelo gato, e o português Visconde de Santo Thirso, pelo cão. Sou pelo cachorro. Teluricamente. O povo não é realmente muito amigo do gato e sim da sua utilidade venatória, dedicada aos ratos. Senhorial, egoísta, esquivo, traiçoeiro, o gato é desdenhoso, fiel à casa e não ao proprietário. Ao conforto dos hábitos e nunca à pessoa que os proporciona. Mas é elegante, nervoso, magnético, incomparável nos gestos lentos, no espreguiçamento de odalisca entediada, nas graças sucessivas das atitudes originais e aristocráticas. Parece sempre superior ao dono da casa.
O brasileiro recebeu o gato do colonizador português e com ele as superstições. O português ama e teme o gato, numa ambivalência que o faz tratá-lo como a uma criança mimada ou divertir-se pondo-o dentro de um pote para partir às cacetadas ou pendurá-lo, vivo e miante, num alto do poste, numa vasilha sobre a crepitante fogueira nas tardes festivas do fim das colheitas. Nós temos o Gato no Pote, inseparável nas alegrias festeiras, fiéis ao tempo-velho.
Do Oriente, teve o português o respeito vagamente tenebroso ao gato. Viera com os orientais que se fixaram na Península Ibérica tantos séculos. Sua domesticação foi na África, entre os núbios. A presença no Egito não parece imediata, pois as primeiras dinastias não o tiveram. Mariette não encontrou desenhos de gatos nos túmulos de Sakara, 4500 anos antes de Cristo. Figuravam bois, asnos, cães, macacos, antílopes, gazelas, gansos, patos, cegonhas domésticas, pombas, galinhas da Numídia, as nossas guinés mas não camelos, girafas, elefantes, carneiros, galinhas e gatos.
Espalhou-se em tipos inumeráveis pelo Oriente e fez da China um centro de irradiação. Gregos e romanos não conheceram o gato e sua introdução mais viva na Europa é na Era Cristã. Essa é a lição dos mestres etnógrafos que não leram Aristófanes, na Festas de Ceres, 412 anos antes de Cristo, onde o gato era popular e já ladrão do jantar alheio, nas residências de Atenas. Dizem-no raro na Inglaterra do século X e sua popularidade na França é de meados do século XVI. A dispersão européia ter-se-ia verificado nos finais da Idade Média e multiplicado quando do ciclo das navegações, especialmente italianas. O português tê-lo-ia pelo árabe durante o domínio e também como carregamento de bicho raro em datas finais do século XV.
Não há vestígio pré-histórico europeu. Ausente das palafitas. Na Inglaterra deu, no século XVII, origem a lenda popular e querida do Whittington's cat. O herói tivera apenas um gato por herança e levara-o para terras infestadas pelos ratos e que desconheciam o gato. Fez fortuna. Voltou rico e foi Lorde Mayor de Londres. A lenda foi dispersa por quase toda a Europa, inclusive Escandinávia e Rússia. Popularíssimo se tornou o gato na França com o Maistre Chat ou Chat botté, publicado por Charles Perrault em 1697 e que nascera de um conto do Pentamerone de Giambattista Basile, Nápoles, 1634, mas anteriormente aproveitado o tema por Straparola, 1560, Piacevoli Notti. O conto é popular em Portugal de onde o tivemos, mas não tem grande repercussão na literatura oral brasileira. É uma estória lida e não ouvida. Ausente das nossas velhas coleções.
Sagrado no Egito e com presença veneranda, custando a vida de quem o matava mesmo acidentalmente. Incontáveis múmias de Gaillard et Daressy recensearam (Faune Momifiée de L'Ancienne Egypte, Le Cairo, 1905). Para curar a coqueluche que ele provoca, come-se o gato assado. Quando de mudança, o gato vai dentro de um saco, com azeite besuntado ao focinho para perder o rumo da casa antiga. Gato preto é sinônimo do Diabo. Nenhum santo o escolheu para companheiro. O indígena que adorou o cão, muito pouca simpatia teve pelo gato. O malandro carioca descobriu que o couro do gato era matéria-prima para cuíca e tamborim. "Mas veio o samba. E com o samba veio a cuíca. E para a cuíca, o malandro descobriu que o couro mais forte e mais harmônico é o do gato" (Orestes Barbosa, Samba, Rio de Janeiro, 1933). Noel Rosa aconselhava-o para o tamborim.
(CASCUDO, Luís da Câmara. Locuções tradicionais no Brasil)

segunda-feira, 17 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

A SEMANA SANTA

A primeira celebração da Semana Santa foi em 1.682 pelos cristãos. Ela é uma das conclusões do Concílio de Nicéia, regido pelo Papa Silvestre I e
patrocinado pelo imperador Constantino, em 325 d.C, que determinou a doutrina da Igreja Católica, transformada em religião oficial do Império Romano. Desde então, festejam-se em oito dias a paixão, morte e ressurreição de Cristo.

Um decreto papal estabeleceu o Domingo da Ressurreição como a data mais importante do ano eclesiástico. Ele é celebrado sempre no domingo seguinte à
primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul.

*Entenda os costumes da Semana Santa*

** Severino Vicente da Silva é professor de História Moderna do Departamento de História da UFPE e sócio da Cehila Brasil*
* Especial para o JC OnLine -
http://www2.uol.com.br/JC/sites/semanasanta2005/costumes.htm
*

A cada ano, os povos de tradição cultura cristã celebram uma semana a que chamam de Santa. Ela ocorre quarenta dias após os três dias dedicados aos festejos momescos e, por isso, muitos julgam que há uma relação direta entre os dois eventos. Relações existem, pois tais festividades estão ancoradas no calendário lunar, calendário comum dos povos mais antigos que festejavam a fertilidade da terra. Entretanto essa Semana Santa é, para os cristãos, a celebração do Mistério da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo e isso não é decorrente dos festejos carnavalescos.

Inicialmente, os cristãos celebravam a Páscoa em apenas um dia e ocorria a cada domingo. Mas, já no século 2, eles passaram a escolher um domingo especial e, a cada ano, celebravam a Páscoa, ou seja, a Ressurreição de Jesus. Foi inevitável que fosse utilizado o período da Páscoa judaica, que ocorre no 14º dia do mês de Nisan. Considerando que Jesus ressuscitou no domingo, veio a se estabelecer que a Páscoa cristã é celebrada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera.

No século 4, algumas comunidades cristãs passaram a vivenciar a paixão, a morte e a ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Jesus. Jerusalém, por ter sido o local desses acontecimentos, é que deu início a essa tradição seguida pelas demais igrejas. Assim a sexta-feira comemora especialmente a morte de Jesus, o sábado era o dia de luto e o domingo era a festa da ressurreição.

Na medida em que os cristãos cresciam em número, necessitaram de organizar e estabelecer datas para festa da Ressurreição. Assim ocorreu uma re-significaçã o daquela festividade, embora mantendo o seu sentido primeiro de libertação. Para os judeus, a Páscoa é a celebração da libertação da opressão a que estavam submetidos no Egito, de onde saíram sob a liderança
de Moisés; para os cristãos, a Páscoa celebra a libertação da opressão do pecado, uma vez que se sentiam resgatados pelo sacrifício de Jesus.

Com o passar dos tempos, os cristãos foram estabelecendo rituais objetivando tornar acessível a todos, através de gestos litúrgicos, o sentido daquele tríduo que se transformou em uma semana com a introdução da celebração do Domingo de Ramos, por volta do século 4. Essa festa foi se tornando uma das mais populares do catolicismo e, em torno daqueles ramos empunhados pelos fiéis em procissão, tem surgido uma infinidade de pequenas crendices, como a sua utilização para a feitura de chás curativos. Em algumas regiões esses ramos ressequidos durante o ano são utilizados para a produção da cinza que é posta na fronte dos fiéis na quarta-feira que encerra o carnaval, a quarta-feira de cinzas, e dá início à Quaresma.

Ao longo da Idade Média, a Semana Santa foi acrescida de novos rituais. Um desses foi a cerimônia do Lava Pés que ocorre na quinta feira à tarde. É a teatralização de um acontecido durante a Ceia de Páscoa, que Jesus celebrou com os seus seguidores mais próximos, uma experiência didático-pedagógica para aqueles que não tinham acesso aos escritos evangélicos. Por seu aspecto visual e dramático, adequou-se ao gosto popular e vem se tornando mais importante do que as reflexões que os cristãos devem fazer naquela ocasião.

No período medieval, surgiu um outro ritual, a espoliação do altar, ou seja,a retirada das toalhas e utensílios que foram utilizados, e as hóstias são transladadas para um altar lateral onde podem ser veneradas. Esse rito é uma alegoria do fato de que, na antiguidade, quando ainda não havia os templos, a cada celebração, eram postas antes e retiradas após a cerimônia, as toalhas sobre a mesa que servia como altar.

Um outro ritual, que também ocorre na quinta-feira, este pela manhã, é a missa da Bênção dos Óleos, utilizada para representar a unidade do clero em torno do bispo local, ao mesmo tempo em que demonstra a sua catolicidade. Os ritos da sexta-feira comemoram a morte de Jesus. Nesse dia, não ocorre a celebração da missa, apenas são feitas leituras e a adoração da cruz.

No ritual católico, a grande festa é o Domingo, mas a população entende a missa de vigília, que começa à meia-noite do sábado como Sábado de Aleluia, ou seja, o sábado de alegria. No ritual dessa cerimônia, um momento de expressiva beleza é a cerimônia da bênção do fogo, que não tem origem clara, mas possivelmente é um ritual pagão que deve ter sido introduzido após a conversão dos celtas. Após a bênção do fogo será aceso o Círio Pascal.